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Saiba quem é o 'Coronel' do TCP

Traficante usa farda, bate continência, rouba trilhos e faz ferros pra milicianos

01 do TCP gosta de ostentar com joias e até o macaco de estimação é presenteado. Na intimidade, faz perfilzinho de bom pai e bom mocinho
01 do TCP gosta de ostentar com joias e até o macaco de estimação é presenteado. Na intimidade, faz perfilzinho de bom pai e bom mocinho -

Cerca de cinco quilômetros separam os prédios que desabaram em Rio das Pedras, há um mês, e na Muzema, há dois anos. No total, 26 vidas se perderam. Agora, a Polícia Civil já tem certeza de quem fornecia o ferro para os pilotis das construções irregulares da milícia: trata-se de Bruno da Silva Loureiro, o Coronel, liderança máxima do Terceiro Comando Puro (TCP). O metal vendido é feito a partir de trilhos roubados das linhas de trem da SuperVia, na altura de Marechal Hermes e Deodoro. A concessionária auxiliou nas investigações.

A informação consta em um inquérito da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod), ao qual a reportagem teve acesso, com exclusividade.

A investigação, no entanto, não se limita aos roubos somente do ferro. Segundo os investigadores, está acima de Álvaro Malaquias, o Peixão, na hierarquia do tráfico. Peixão é conhecido como líder do chamado Complexo de Israel.

"Ele é chamado de Coronel por estar presente em todas as guerras do TCP. Passou a ser respeitado por isso e ultrapassou os limites do Muquiço, comunidade de origem dele. Onde há invasão da facção, ele está presente", disse um investigador.

O apelido Coronel não se limita somente ao nome: apesar de nunca ter sido militar, ele gosta de usar farda e até colocar roupa camuflada em um macaco de estimação.