Mercado clandestino de reciclagem

Entre cabos, trilhos e outros materiais de metal, duas peças chamaram a atenção de policiais da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) durante a operação Caminho do Cobre: uma estátua de Jesus Cristo e lápides. A polícia descobriu que nem mesmo os mortos são respeitados e viraram alvo da ganância de ladrões e quadrilhas que furtam cobre.  

Os objetos fúnebres foram encontrados entre o material apreendido numa recicladora em Brás de Pina, na Zona Norte do Rio, na ação, deflagrada no dia 7 de julho por determinação do governador do estado, Cláudio Castro. 

"A inteligência da operação Caminho do Cobre descobriu a cadeia criminosa. O trabalho de investigação da Polícia Civil chegou aos ferros-velhos, empresas recicladoras e nas grandes indústrias que compram o produto final reciclado, identificando todo o ciclo desta atividade criminosa. Isso desencadeou esta primeira grande ação, que foi a primeira de muitas que ainda virão para combater esse tipo de crime, que tantos transtornos tem trazido à população", afirmou o governador do Rio.

De acordo com o delegado Gustavo Castro, titular da DRF, o crescimento de crimes relacionados a furtos de materiais de metais recicláveis fez com que, em janeiro deste ano, uma lei estadual fosse criada para tratar especificamente desse assunto.

"Esse crescimento chamou atenção da Polícia Civil, dos parlamentares e do governador, que pediu prioridade na apuração, tendo em vista os transtornos e prejuízos que esses furtos e receptações causam na prestação dos serviços públicos e na economia do Estado do Rio", declarou.