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CPI: ex-secretário da Saúde diz que militares não tinham 'traquejo político' para assumir sua função

Antes de assumir o cargo, o empresário também atuou informalmente durante meses na Saúde

Ex-assessor do Ministério da Saúde, Airton Antonio Soligo presta depoimento à CPI da Covid nesta quinta-feira
Ex-assessor do Ministério da Saúde, Airton Antonio Soligo presta depoimento à CPI da Covid nesta quinta-feira -
Brasília - A CPI da Covid ouve, nesta quinta-feira, 5, o depoimento de Airton Antonio Soligo, ex-secretário do Ministério da Saúde durante a gestão de Pazuello. Na inquirição, o relator da comissão, senador Renan Calheiros (MDB-AL), questionou a insistência para a sua nomeação como secretário, apesar da resistência do Planalto. Segundo Airton, faltava “traquejo político” aos militares, o que justificava a atribuição do cargo a ele.

“A grande maioria dos militares, tenho o maior orgulho do nosso exército, mas não têm o traquejo político do trato. Talvez foi aí que precisavam dessa relação com o Congresso”, disse o depoente.
Airton também disse que tomou conhecimento de “boatos” contra a sua nomeação e que responde a processos na Justiça Eleitoral. No entanto, segundo ele, naquele momento, houve “um chamamento maior” para que ele assumisse a articulação institucional.

Questionado por Calheiros acerca das informações de que ele teria desempenhado o papel de “ministro de fato” durante a gestão de Pazuello, Cascavel afirmou que o ex-ministro não “terceirizou” responsabilidades a ele. Segundo o depoente, sua função era de “interlocutor” do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).

“Eu trabalhava na interlocução com prefeitos e secretários. Foi nessa interlocução, da ponta, da base do município, com o ministério. Eu era o facilitador”, disse.

Acompanhe ao vivo:
Ex-assessor do Ministério da Saúde, Airton Antonio Soligo presta depoimento à CPI da Covid nesta quinta-feira Jefferson Rudy/Agência Senado
Airton Soligo era assessor especial no Ministério da Saúde MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL