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PM de folga é morto por guarda durante discussão em bar de Nilópolis

Segundo testemunhas, o policial Cristiano Loiola Valverde teria tentado apartar uma briga quando foi atingido pelo guarda Max Aurélio da Costa, também de folga. O autor dos disparos foi preso em flagrante

PM Cristiano Loiola Valverde foi morto a tiros durante uma discussão em um bar de Nilópolis
PM Cristiano Loiola Valverde foi morto a tiros durante uma discussão em um bar de Nilópolis -
 Rio - O policial militar Cristiano Loiola Valverde, de 39 anos, foi morto a tiros na noite de domingo (8), após uma briga em um bar no Centro de Nilópolis, na Baixada Fluminense. O PM estava de folga e foi baleado por Max Aurélio da Costa Biasotto Ferreira durante uma discussão. O autor dos tiros, que é guarda municipal no Rio e também estava fora do horário de serviço, foi detido por frequentadores do local e preso em flagrante por um policial à paisana.

O caso aconteceu em um bar localizada na Praça Santos Dumont, popularmente conhecida como Praça da Soares Neiva, na região central da cidade. Os estabelecimento estava cheio e pessoas assistiam à partida entre Flamengo e Internacional, no início da noite. Segundo testemunhas, o policial militar foi atingido ao tentar apartar uma briga de Max Aurélio com outra pessoa.
Testemunha: guarda municipal deu mais de 20 tiros
Segundo uma testemunha ouvida pelo MEIA HORA, que pediu para não ser identificada, Max Aurélio descarregou o primeiro pente e deu aproximadamente 15 tiros. Logo em seguida, houve correria no local e ele conseguiu colocar um novo carregador na pistola, efetuando ao menos outros cinco disparos. A Polícia Civil não comentou sobre essa informação.
"As pessoas estavam assustadas, foi muita correria. Ninguém sabia o que estava acontecendo, quando perceberam já tinha uma pessoa caída no chão completamente ensanguentada. Era um momento de lazer, era Dia dos Pais, e as pessoas queriam aproveitar o fim do dia. Acabou nessa loucura toda", relatou.
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram que Max Aurélio foi agarrado por populares na praça. Ele foi preso em flagrante por um policial à paisana que estava no local.
'A vida não avisa quando vai acabar', escreveu o policial horas antes do crime
Valverde ingressou na PM em 2014 e trabalhava atualmente na Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP). Ele também atuou como segurança particular do vereador de Nilópolis Anderson Campos (Republicanos). Horas antes da morte, Valverde chegou a publicar uma mensagem de Dia dos Pais nas redes sociais: "Valorize seu pai, sua mãe, sua família e seus amigos. A vida não avisa quando vai acabar". Ele deixa uma filha adolescente. O corpo do PM será velado nesta terça-feira (10) no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste do Rio, e o sepultamento acontece às 11h.
Os tiros disparados no bar também atingiram Alexandre Severino Martiniano, de 38 anos. Ele deu entrada no Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI) na madrugada desta segunda-feira, após ser transferido do Hospital Juscelino Kubitschek, em Nilópolis, com ferimento no pé direito provocado por arma de fogo. Alexandre foi foi atendido pelas equipes de cirurgia e ortopedia segue em reavaliação. O estado de saúde é estável.
O caso foi registrado na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), que investiga as motivações do crime.
Guarda municipal é morto em tentativa de assalto em supermercado de Campo Grande
Na noite de sábado (7), um guarda municipal do Rio, identificado como Leonardo Santos, de 47 anos, foi assassinado dentro de um supermercado, na Estrada Rio do A, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. De acordo com o delegado da 35ª DP (Campo Grande), Tulio Pelosi, o crime foi um roubo seguido de morte. O caso já foi encaminhado para a Delegacia de Homicídios da Capital. A vítima teria sido atingida por um dos criminosos, que entraram no estabelecimento em uma moto.
Outro caso grave envolvendo um guarda municipal aconteceu em julho, quando Fábio Damon Fragoso da Silva disparou contra frequentadores de um bar em Vigário Geral, e matou quatro pessoas. Damon só parou ao ser baleado na perna. Ele ficou internado durante quase um mês e morreu no último dia 2.
Somente em 2021, a plataforma Fogo Cruzado registrou 120 agentes de segurança baleados na Região Metropolitana do Rio. Destes, 50 morreram. Entre os 120 agentes feridos, 93 eram policiais militares; 35 morreram.
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