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Reunião do Comitê Científico avalia terceira dose para idosos nesta segunda-feira

Discussão acontece na manhã desta segunda. Prefeitura deseja iniciar a dose de reforço para idosos já a partir de setembro

Boletim Epidemiológico com o Prefeito do Rio Eduardo Paes e Secretário de Saúde Daniel Soranz, no Centro de Operações do Rio, na última sexta feira (20).
Boletim Epidemiológico com o Prefeito do Rio Eduardo Paes e Secretário de Saúde Daniel Soranz, no Centro de Operações do Rio, na última sexta feira (20). -
Rio - Membros do Comitê Científico da Prefeitura do Rio avaliam, nesta segunda-feira (23), a aplicação da terceira dose da vacina contra a Covid-19 em idosos. A reunião acontece às 9h, de maneira online. Na última semana, o prefeito Eduardo Paes e o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, voltaram a defender a dose de reforço, já realizada em outros países. A intenção do município é começar a aplicação em setembro.
"A gente tem a expectativa de acompanhar outros países, como Chile e Israel, que já estão aplicando essa dose de reforço nas pessoas com mais de 60 anos. Existe um processo de maior dificuldade de formação da imunogenicidade pros idosos. É importante que a gente discuta e faça essa vacinação em tempo. É necessário se planejar, tomar decisões já consolidadas", afirmou o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.
Na apresentação do último Boletim Epidemiológico, na sexta-feira, o prefeito Eduardo Paes disse preferir aplicar a dose de reforço aos idosos antes de antecipar a segunda dose dos jovens adultos.
"Nosso entendimento é que, aprovado isso no comitê científico na segunda-feira (hoje), já na outra semana nós iniciarmos em paralelo com os adolescentes, no calendário previsto, a aplicação da terceira dose das pessoas mais velhas, elas precisam ser protegidas. Então, para a garotada que quer se vacinar antes: nós precisamos proteger quem mais precisa", declarou o prefeito.
"Quero deixar bem claro que a prefeitura entende que, com esse número alto de casos da variante Delta, deve priorizar a terceira dose de reforço para as pessoas mais velhas, que são mais vulneráveis ao agravamento da doença. Nós preferimos fazer a terceira dose dos idosos do que antecipar a segunda dose dos mais jovens", afirmou Paes.
A dose de reforço precisa do aval também do Ministério da Saúde, responsável pela logística de distribuição de lotes - é necessário que mais vacinas sejam entregues para abarcar a terceira dose. Na semana passada, o ministro Marcelo Queiroga afirmou que "é consenso" a necessidade da aplicação da terceira dose da vacina, mas que o país precisa, primeiro, avançar na segunda dose. 
"O ministério contratou um estudo onde nós testamos indivíduos imunizados com duas doses. Nós teremos essas respostas no final de outubro, começo de novembro. Se antes disso houver dados científicos e nós tivermos disponibilidade de doses, aí podemos antecipar essa terceira dose. Só que para antecipar a terceira dose, eu preciso avançar na segunda dose", disse Queiroga.