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Relatório final da CPI deve apontar pelo menos 25 nomes a serem indiciados, afirma Randolfe

Segundo o senador, Bolsonaro provavelmente irá figurar na lista de indiciados

Não vejo como o presidente da República pode escapar de indiciamento. Ele já responde a inquérito no STF por prevaricação, tem um conjunto de outros crimes", disse Randolfe
Não vejo como o presidente da República pode escapar de indiciamento. Ele já responde a inquérito no STF por prevaricação, tem um conjunto de outros crimes", disse Randolfe -
O senador e vice-presidente da CPI da Covid no Senado, Randolfe Rodrigues, afirmou que o relatório final da comissão deve apontar para, pelo menos, 25 nomes a serem indiciados. Além disso, o senador também deu uma possível data para o final da CPI, que deve ser entre os dias dias 20 e 25 de setembro.

"Diria que teremos de 25 a 30 nomes de indiciados. Não vejo como o presidente da República pode escapar de indiciamento. Ele já responde a inquérito no STF (Supremo Tribunal Federal) por prevaricação, tem um conjunto de outros crimes, não tem como não constar o nome do presidente da República", disse o senador ao UOL News em entrevista publicada nesta segunda-feira, 30.
Além de apontar para um possível indiciamento de Bolsonaro, Randolfe também afirmou que a CPI vai procurar uma maneira alternativa de levar as denúncias e provas produzidas adiante. Segundo ele, o procurador-geral da República, Augusto Aras, é complacente com o presidente e poderia não dar prosseguimento às denúncias.

"Vamos trabalhar para que o que foi apurado não ficar somente como um longo texto". E completou: " (O relatório) Será vastíssimo, apontando não somente crimes de responsabilidade, mas uma infinidade de crimes comuns, e também contra a humanidade, o que pode levar a responsabilização em tribunal internacional. Os crimes cometidos aqui não prescreverão em dois anos. Há aqueles que acham que podem estar protegidos pelo presidente da Câmara (Arthur Lira, PP-AL) e da PGR (Procuradoria Geral da República), mas alguns tipos penais não irão prescrever", disse.
A comissão planeja "estratégias jurídicas alternativas", como ação penal subsidiária da pública, caso "haja desídia" por parte de Aras. "Não aceitaremos ficar nas mãos somente do PGR", completou Randolfe Rodrigues.