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Grupos bolsonaristas financiam atos de 7 de setembro

Público que acompanha Zé Trovão, caminhoneiro que pede o 'impeachment' dos 11 ministros do STF, disse que espera ter 500 mil pessoas nos atos em Brasília e um milhão em São Paulo

Em uma transmissão ao vivo feita em suas redes sociais, Trovão afirmou que seu plano é se entregar à PF durante a manifestação, "no meio do povo"
Em uma transmissão ao vivo feita em suas redes sociais, Trovão afirmou que seu plano é se entregar à PF durante a manifestação, "no meio do povo" -
Grupos bolsonaristas estão se estruturando financeiramente para financiar os atos de 7 de setembro em favor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que vem fazendo diversas declarações de ameaças à realização das eleições de 2022, com ataques aos outros Poderes e a instituições democráticas. Segundo o UOL, pelo menos 9 contas bancárias estariam sendo mantidas por esse objetivo.
Os apoiadores do presidente dizem que as manifestações são democráticas e que não visam a um golpe de Estado, mas o próprio presidente fala em "enquadrar" ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e em "ruptura".
Segundo a Procuradoria Geral da República (PGR) e a Polícia Federal (PF), o financiamento de manifestações é legal no regime democrático, mas quando o objetivo é praticar algum crime se torna ilícito.
Os valores arrecadados pelas contas das redes bolsonaristas não foram revelados, mas os recursos devem ser destinados para contratar ônibus, banheiros químicos, comprar faixas, cartazes, instalar uma cozinha comunitária e pagar alimentação e energia. Helicópteros também estão sendo alugados.
O grupo de Zé Trovão, caminhoneiro que convoca a população para os atos e pede o "impeachment" dos 11 ministros do STF, disse que espera ter 500 mil pessoas em Brasília e 1 milhão em São Paulo. Já o Movimento Nas Ruas prevê uma manifestação maior do que as que pediram o impeachment de Dilma Rousseff (PT).