'Corretor das celebridades' é um dos alvos em operação contra esquema de pirâmide

Rio - Em 2019, Michael de Souza Magno ficou conhecido por vender imóveis de luxo para celebridades. Dois anos depois, é alvo da segunda fase da Operação Kryptos, da Polícia Federal, apontado como operador financeiro do esquema fraudulento de pirâmide montado pelo ex-garçom Glaidson Acácio dos Santos, preso no último dia 25.

Agentes da PF estiveram no imóvel do corretor, na Barra da Tijuca, mas não o encontraram. Além dele, o empresário João Marcus Pinheiro Dumas Viana também é alvo da operação desta quinta-feira, mas permanece foragido. 

A Operação Kryptos é um desenrolar de uma investigação sobre pirâmide financeira. Michael, popularmente chamado de 'corretor das celebridades', aparece no inquérito policial como operador da GAS Consultoria Bitcoin. A empresa tem como proprietário o ex-garçom Glaidson. 

Segundo as investigações, o grupo usava investidores em criptomoedas e prometia rendimentos acima do mercado financeiro. 

Michael declarou bens e rendimentos não compatíveis com seu padrão de vida. Parte do texto da Receita Federal aponta o corretor como "provável sonegador contumaz". Segundo a PF, ele é ligado ao casal Tunay Pereira Lima e Marcia Pinto dos Anjo, sócios de Glaidson, presos na primeira fase da operação. 

Michael Magno tem 30 anos e ficou conhecido há dois anos ao se declarar como "o empresário que vendia mansões para famosos". Em 2019, com 28 anos, revelou a venda de imóvel de R$ 20 milhões. 

O corretor também é conhecido por aparecer em fotos nas redes sociais ao lado de famosos e em viagens de helicópteros. 

Entre seus clientes estão os atores como Bruno Gagliasso, Eri Johnson e Kadu Moliterno, as atrizes Nivea Stelmann, Rayanne Morais e Juliana Kieling, além da cantora Preta Gil e os jogadores de futebol, Nenê, Henrique Dourado e Giovanni Augusto.