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Passageiros veem melhora na oferta de ônibus no Centro em segundo dia de reforço

Primeira semana terá fiscalização para confirmar aumento da frota em 50 linhas. Mais um consórcio entra em regime de recuperação fiscal

Paula Souza, de 48 anos, costuma usar a linha 298 para ir ao trabalho, mas vinha tendo dificuldades pela falta de ônibus
Paula Souza, de 48 anos, costuma usar a linha 298 para ir ao trabalho, mas vinha tendo dificuldades pela falta de ônibus -
Rio - Passageiros começaram a ver melhora na oferta de ônibus, nesta terça-feira, segundo dia da ação de reforço na operação do transporte na cidade. A Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) fiscaliza o aumento de coletivos em 50 linhas de ônibus que vinham circulando com frota abaixo do determinado por contrato. A secretaria deve publicar um balanço da ação de reforço nos próximos dias.
A modelista de roupas Paula Souza, de 48 anos, viu uma melhora no número de ônibus da linha 298, que faz trajeto Castelo x Acari. Segundo ela, que já havia desistido de pegar outra linha que parou de rodar para usar o 298, a espera foi menor no ponto.
"Hoje foi bem melhor, tinha mais ônibus. Eu costumava pegar o 311 para ir para o trabalho, mas parou de rodar em janeiro do ano passado. Trabalho em São Cristóvão, moro no Engenho da Rainha (ônibus passava por Cavalcanti, Inhaúma, Del Castilho) e essa linha acabou", comenta a moradora da Zona Norte. 
As duas linhas mencionadas por Paula fazem parte do consórcio Internorte, um dos poucos que ainda não está em regime de recuperação judicial na cidade. Isso porque nesta terça-feira o consórcio Transcarioca, que atende a Zona Oeste, entrou para essa lista. Antes, em setembro, Intersul e Santa Cruz já haviam dado entrada no regime. 
O consórcio Transcarioca é responsável por levar cerca de 22% dos passageiros da cidade. Segundo informações da Rio Ônibus, as empresas de ônibus cariocas acumulam, desde o início da pandemia (março/2020), déficit financeiro de R$2 bilhões. A dificuldade financeira forçou o fechamento de 16 empresas e a demissão de 21 mil rodoviários.
Paula Souza, de 48 anos, costuma usar a linha 298 para ir ao trabalho, mas vinha tendo dificuldades pela falta de ônibus Marcos Porto/Agência O Dia
Linhas serão fiscalizadas pela Prefeitura do Rio Marcos Porto
Linhas serão fiscalizadas pela Prefeitura do Rio Marcos Porto/Agência O Dia