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Grana ilegal vira recurso

Gabinete de Recuperação de Ativos da polícia usa as apreensões pra investir no combate ao crime

Entre os bens de luxo apreendidos na Operação Rainha de Copas está um jet ski, além de outros veículos
Entre os bens de luxo apreendidos na Operação Rainha de Copas está um jet ski, além de outros veículos -

Uma lancha avaliada em R$ 430 mil foi apreendida pela Delegacia de Combate ao Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro (Dcoc-LD) na Operação Rainha de Copas, em abril. Usado na ostentação de laranjas do tráfico, ela pode virar recurso investido na Polícia Civil para combater o crime. Com o Gabinete de Recuperação de Ativos, o Departamento Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (DGCOR-LD) segue o caminho do dinheiro ilícito desde a investigação, passando por sua apreensão nas ações de lavagem até a decisão do juiz.

O núcleo tem um laboratório que identifica bens de criminosos e pede o bloqueio judicial de contas bancárias. Em seguida, o GRA faz a gestão desses ativos financeiros. Esse procedimento ocorreu na Rainha de Copas, que investigava lavagem de dinheiro do tráfico nas favelas do Rodo e Antares, em Santa Cruz. Foi identificada a compra de uma lancha de dois motores, jet-ski, entre outros veículos de luxo pelos laranjas, totalizando R$ 598 mil.

"Na fase de gestão dos ativos, deve ser realizada, em regra, a alienação antecipada dos bens apreendidos, que é o leilão, com a finalidade de preservar o valor econômico dele. Também temos o cuidado de verificar onde o bem vai ficar armazenado até ser feita sua alienação", explica a delegada Renata Montenegro.