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Vereador acusado de agiotagem

Carlinhos da Barreira, de Duque de Caxias, fazia ameaças a devedores com ajuda de PMs

Ao chegar à Cidade da Polícia, parlamentar negou as acusações
Ao chegar à Cidade da Polícia, parlamentar negou as acusações -

Investigado por suspeita de comandar um grupo de agiotagem com policiais militares, o vereador de Duque de Caxias Carlinhos da Barreira (MDB) defendeu-se das acusações de extorsão e lavagem de dinheiro. Na Cidade da Polícia, ele insinuou ter sido alvo de um complô após denunciar irregularidades no município, sem dar detalhes.

"Nem sei por que estou aqui. E é muito estranho. Depois que comecei a denunciar alguns fatos em Duque de Caxias, aparece mandado de prisão, esse monte de crime que a gente não viu. Estamos para esclarecer, minha vida é um livro aberto, não tenho o que esconder", afirmou o vereador.

A investigação da 105ª DP (Petrópolis), em parceria com o Ministério Público, começou após denúncia de empresário daquela cidade que diz ter sido extorquido após pegar R$ 1 milhão emprestado com agiotas. Segundo ele, Carlinhos pediu o mesmo valor a título de juros, sob ameaças de morte feitas pelos PMs Ricardo Silva dos Santos e Carlos Alexandre da Silva Alves, considerados o "braço armado" do grupo. Ambos também foram presos.

"São só denúncias infundadas e vazias", afirmou o vereador, também acusado de fraudar licitação com sua empresa, a Sodré Serviços de Transportes, Locação de Máquinas e Equipamentos. A estimativa é que Carlinhos da Barreira tenha dissimulado, entre 2015 e 2020, R$ 62.360.738,52, fruto das negociações criminosas. A Justiça determinou o sequestro de bens imóveis e de recursos financeiros do parlamentar.