Rio - O dia 15 de novembro parecia distante, mas o tempo voa e se aproxima o fim da temporada carioca da exposição NISE DA SILVEIRA – A REVOLUÇÃO PELO AFETO. Em cartaz no CCBB Rio de Janeiro desde 6 de junho, foi uma das mostras mais bonitas que o público assistiu nos últimos tempos - e também representou a volta das atividades ao centro cultural, já com parte da população vacinada contra a covid-19. Agora, será a vez da psiquiatria amorosa de Nise encantar os mineiros no CCBB BH, entre 8 de dezembro e 29 de março de 2022.
De todo modo, as pessoas podem visitar a exposição de qualquer lugar através da tour virtual 360º, que leva o internauta para dentro das salas. Além disso, é possível ouvir o que se vê através da Experiência Sonora Descritiva. Nela, os áudios recriam os ambientes da mostra com dramaturgia, como se fosse uma rádio novela em tempos de podcast. A equipe foi coordenada pela jornalista e dubladora Georgea Rodrigues, da Inclusive Acessibilidade, especializada em audiodescrição.
A abordagem afetuosa de Nise da Silveira ultrapassou os muros do hospital e ganhou o mundo. Cerca de 90 obras surpreendentes de artistas do Museu de Imagens do Inconsciente estão dispostas do CCBB, ao lado de peças de Lygia Clark, Abraham Palatinik e Zé Carlos Garcia, retratos de Alice Brill, Rogério Reis e Rafael Bqueer, vídeos de Leon Hirzsman e Tiago Sant’Ana, reproduções de desenhos de Carl Gustav Jung, aquarelas, fotos e uma instalação emocionante de Carlos Vergara. A curadoria é do Estúdio M’Baraká, com consultoria do psiquiatra Vitor Pordeus e do museólogo Eurípedes Júnior.
“A Nise criou um método clínico centrado no afeto. Ela é herdeira de Juliano Moreira, de Baruch Espinoza, de Sigmund Freud, de Carl Gustav Jung. Jung foi aluno de Freud e professor da Nise, na Suíça. Homens revolucionários, que abandonaram a ideia do corpo máquina e trabalharam com a abordagem centrada na subjetividade, na emoção, na identidade, na simbologia, nas narrativas que restauram as memórias. A nossa dificuldade hoje é não deixar o afeto se apagar, num momento em que tudo virou máquina”, situa Pordeus, que trabalhou no Instituto Municipal Nise da Silveira de 2009 a 2016 e é um dos fundadores do Hotel da Loucura.
Serviço
O CCBB-Rio funciona de quarta a segunda (fecha terça). Domingo, segunda e quarta das 9h às 19h e quinta, sexta e sábado das 9h às 20h.
A abordagem afetuosa de Nise da Silveira ultrapassou os muros do hospital e ganhou o mundo. Cerca de 90 obras surpreendentes de artistas do Museu de Imagens do Inconsciente estão dispostas do CCBB, ao lado de peças de Lygia Clark, Abraham Palatinik e Zé Carlos Garcia, retratos de Alice Brill, Rogério Reis e Rafael Bqueer, vídeos de Leon Hirzsman e Tiago Sant’Ana, reproduções de desenhos de Carl Gustav Jung, aquarelas, fotos e uma instalação emocionante de Carlos Vergara. A curadoria é do Estúdio M’Baraká, com consultoria do psiquiatra Vitor Pordeus e do museólogo Eurípedes Júnior.
“A Nise criou um método clínico centrado no afeto. Ela é herdeira de Juliano Moreira, de Baruch Espinoza, de Sigmund Freud, de Carl Gustav Jung. Jung foi aluno de Freud e professor da Nise, na Suíça. Homens revolucionários, que abandonaram a ideia do corpo máquina e trabalharam com a abordagem centrada na subjetividade, na emoção, na identidade, na simbologia, nas narrativas que restauram as memórias. A nossa dificuldade hoje é não deixar o afeto se apagar, num momento em que tudo virou máquina”, situa Pordeus, que trabalhou no Instituto Municipal Nise da Silveira de 2009 a 2016 e é um dos fundadores do Hotel da Loucura.
Serviço
O CCBB-Rio funciona de quarta a segunda (fecha terça). Domingo, segunda e quarta das 9h às 19h e quinta, sexta e sábado das 9h às 20h.