Rio - O governador do Rio, Claudio Castro (PL), afirmou na manhã desta terça-feira que considera permitir a realização de queima de fogos com reprodução de música eletrônica no Réveillon em Copacabana, na Zona Sul do Rio na festa de fim de ano. A declaração foi dada pelo governador durante um evento com investidores do mercado imobiliário. Ele adiantou que a orla deve ficar com estacionamento proibido para evitar aglomeração. A decisão será tomada após reunião conjunta entre os Comitês Científicos do Estado e do Município do Rio.
"A ideia é a gente fazer os fogos com música eletrônica, som nas caixas de som, e a proibição do estacionamento para evitar aglomeração. Já foi feita ano passado a proibição de estacionamento, que deu muito certo. Agora com os comitês e secretários, a gente vai entender como fazer isso, como evitar aglomeração. Conversar com modais: metrô, trem e ônibus para entender como a gente evita aglomeração", disse Castro.
Os governos do estado e do município avaliam possibilidades de celebração na virada de ano nas praias e tradicionais pontos de festas. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, anunciou o cancelamento das festas de Réveillon no último sábado (4), após a divulgação da notícia de que parte dos técnicos especialistas consultados pela Secretaria Estadual de Saúde haviam desaconselhado a realização da festa. Mas, Paes e Castro têm conversado para pensar alternativas para a celebração.
A Secretaria Estadual de Saúde informou na manhã desta terça-feira que não há reunião agendada sobre o tema. O governador, por sua vez, disse que a decisão final sobre a festa deve ser anunciada durante essa semana.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), afirmou que levou ao governador Cláudio Castro (PL) a proposta de realizar, pelo menos, o espetáculo de fogos de artifício em Copacabana e outros "pontos centrais da cidade". Segundo Paes, o pedido para Castro foi de que ele levasse a ideia ao Comitê Científico do estado. Até o momento, não há clareza se foi o comitê quem orientou pelo cancelamento, e o governo estadual também não chegou a acatar a ideia, mas a Prefeitura do Rio se adiantou a decidiu pelo cancelamento. O prefeito encontrou o governador na noite de segunda-feira (6).
"Estive agora à noite com o governador Claudio Castro. Pedi que levasse a seu comitê científico a possibilidade de realizarmos ao menos os fogos em Copacabana e em alguns pontos centrais da cidade. Daniel Soranz (secretário municipal de Saúde) irá conduzir as negociações acerca do que é possível ser feito", publicou Paes no Twitter.