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Ex-casal se encontra pela primeira vez

Justiça ouve testemunhas de defesa de Jairinho e Monique, presos pela morte do menino Henry

Grupo de mulheres fez manifestação em defesa de vítimas de violência em frente ao Tribunal de Justiça no Rio
Grupo de mulheres fez manifestação em defesa de vítimas de violência em frente ao Tribunal de Justiça no Rio -

O julgamento do ex-vereador Jairinho e da ex-companheira Monique Medeiros, presos pela morte do filho dela, Henry Borel, começou ontem. Foi a primeira vez que eles estiveram próximos desde a prisão, em 8 de abril. A previsão é que 10 testemunhas de defesa do casal fossem ouvidas até hoje.

A data para o interrogatório de Jairinho e Monique será marcada no fim da audiência de hoje. Logo depois, serão apresentadas as alegações finais da acusação e da defesa. A fase seguinte será o julgamento pelo júri popular. Presos um mês após a morte do menino, Monique e Jairinho foram denunciados pelo Ministério Público por homicídio qualificado, tortura, coação de testemunha, fraude processual e falsidade ideológica.

O pai do garoto, Leniel Borel, acompanhou a audiência do lado de fora do tribunal. "Eu tenho lutado por Justiça pelo meu filho diariamente. Eu gostaria de estar lá dentro [...] por ser assistente de acusação e uma das testemunhas, fui aconselhado pela promotora e pelos meus advogados a não comparecer porque de acordo com o Código Penal brasileiro uma testemunha não pode ouvir a outra, então estou respeitando. Estou fazendo tudo para que a justiça seja feita", disse.

Um grupo de cerca de 30 mulheres fez uma manifestação em frente ao Tribunal de Justiça. "Estamos aqui em apoio ao Leniel Borel. Queremos que a justiça seja feita e os acusados permaneçam presos, que sejam condenados. Nossa luta também é para que as penas de crimes contra crianças sejam aumentadas", afirmou Franciana Alves, coordenadora do Núcleo de Apoio às Vítimas de Violência.