Senhor da guerra

Apontado pela Polícia Civil como um dos principais responsáveis por orquestrar a guerra entre milicianos rivais no estado, Jairo Batista Freire foi preso, ontem, pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e pela Delegacia de Repressão aos Crimes Contra Propriedade Imaterial (DRCPIM), em Seropédica. 

Segundo investigações, Freire é um dos homens de confiança de Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho, um dos milicianos mais procurados do Rio e chefe de atividades criminosas na Zona Oeste e na Baixada.

Freire seria responsável por invadir áreas controladas por rivais na tentativa de expandir os domínios de Zinho. As investidas geraram diversos confrontos nos últimos meses. 

"A gente espera que essa prisão dê uma diminuída nos enfrentamentos na Zona Oeste e na Baixada", declarou o delegado André Neves, da DRCPIM. 

Ele é suspeito de gravar um vídeo provocando Danilo Dias Lima, o Tandera, e seu irmão Delso Lima Neto, chefes do grupo rival. Vestido de preto e armado com fuzil, diz que uma sapatilha rosa encontrada na mata durante uma das invasões ao território rival pertence aos irmãos Lima.

Em outro vídeo, Freire aparece com oito comparsas fortemente armados. Ele diz ser do bonde do Zinho e chama o grupo de "fuzileiros navais". Faz referência a Carlos Alexandre da Silva Braga, o Carlinhos Três Pontes ou CL, irmão de Zinho, morto numa ação policial em 2017. Na casa em que ele foi preso foram apreendidos celulares, munições e uma arma.