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Crianças dão show de coragem e responsáveis comemoram família protegida em terceiro dia de imunização infantil contra covid

Até sábado, as unidades de saúde e demais pontos de vacinação seguem aplicando o imunizante para as meninas e os meninos de 11 anos, além das crianças de 5 a 11 anos com deficiência ou comorbidade

Daniele Kronemberger e Fred Silva levaram a filha, Catarina, ao posto
Daniele Kronemberger e Fred Silva levaram a filha, Catarina, ao posto -
Rio - A criançada de onze anos e do grupo prioritário infantil deu um show de coragem e responsabilidade na manhã desta quarta-feira. Responsáveis que estiveram no Museu da República, no Catete, Zona Sul do Rio, disseram-se aliviados em imunizar os meninos e meninas. O ponto de vacinação estava sem filas e com baixo movimento. Na véspera, terça-feira, houve alta procura no local e os imunizantes se esgotaram, mas o estoque foi reposto nesta manhã.
A Cataria Kronemberger, de sete anos, foi com a mãe e o pai ao Museu da República e superou o medo para se imunizar. Ela conta que nem chorou. "Sempre que eu tomava vacina, eu quase chorava, mas hoje foi tranquilo", garantiu. Depois da primeira dose da pequena fã do desenho 'Naruto', a família comemorou que todos estão protegidos. A mãe, Daniele Kronemberger, trabalha no setor de eventos e está ansiosa para tomar a terceira dose no início de fevereiro, quando completam-se quatro meses desde sua segunda dose. 
"Estamos em festa. Dançamos e cantamos depois da aplicação. Foi muito difícil. Muito tempo com as crianças guardadas dentro de casa. Para gente que é adulto é ruim, imagina para eles. Hoje foi um marco, um segundo aniversário da Catarina", comemora Daniele. 
Museu da República, no Catete, teve baixa procura por vacinação nesta quarta-feira (19) - Beatriz Perez/ Agência O DIA
Museu da República, no Catete, teve baixa procura por vacinação nesta quarta-feira (19)Beatriz Perez/ Agência O DIA
Luan Guterres, de 11 anos, estava ansioso para tomar a vacina desde terça-feira. Nesta quarta, ele foi com a avó Cláudia Guterres receber a primeira dose. O menino conta que estava com o coração acelerado com a expectativa de se vacinar. "Meu coração estava quase saindo para fora. Cada passo que eu dava vindo pra cá, o meu coração acelerava", afirmou Luan, já imunizado no Museu da República. 
Luan Guterres,11, foi vacinar-se com a avó Cláudia Guterres no Museu da República, no Catete - Beatriz Perez
Luan Guterres,11, foi vacinar-se com a avó Cláudia Guterres no Museu da República, no CateteBeatriz Perez
A técnica de enfermagem Mônica Gonçalvez, 49, trabalha desde o início da campanha na imunização contra covid-19 e conta que é gratificante vacinar as crianças. Os profissionais tranquilizam os pequenos e são pacientes com os que têm mais resistência para receber a picadinha. "Tem que ter mais carinho. É bem diferente dos adultos", contou a profissional enquanto aguardava o próximo a ser imunizado.
Vitor Carvalho Coutinho,11, com a mãe Solange Carvalho no ponto de vacinação no Museu da República, no Catete - Beatriz Perez/ Agência O DIA
Vitor Carvalho Coutinho,11, com a mãe Solange Carvalho no ponto de vacinação no Museu da República, no CateteBeatriz Perez/ Agência O DIA
Solange Carvalho Coutinho já tomou as três doses e se disse aliviada em trazer o filho Vitor Carvalho Coutinho, 11, para vacinar. Ele tem autismo e está sem frequentar as terapias desde o início da pandemia.
"A gente já estava esperando há um tempinho (a vacina) porque todo mundo lá em casa já tomou a vacina, só faltava ele. Isso, pra gente é uma segurança. Além do mais, ele é especial e não estava fazendo as terapias. Agora, está voltando", afirma a mãe de Vitor.
No local, adultos compareceram para tomar a dose de reforço e os pequenos estrearam os bracinhos com a proteção contra a covid-19. As crianças receberam um livro infantil sobre o Museu da República e um certificado de coragem.
Vacinação em família: Lucas,20, tomou a terceira e a irmã Emanuele Silva, a primeira dose da vacina contra covid-19 - Beatriz Perez/ Agência O DIA
Vacinação em família: Lucas,20, tomou a terceira e a irmã Emanuele Silva, a primeira dose da vacina contra covid-19Beatriz Perez/ Agência O DIA
Vacinar virou programa em família para Lucas, 20, e Emanuele Silva, 11, os irmãos foram acompanhados do avô Antônio José Silva, 65, se vacinar. Lucas foi tomar a terceira e Emanuele, a primeira. Ela conta que foi uma experiência tranquila e está feliz com a vacina. Perguntada se sentiu medo, disse que não e que gostou de vacinar junto com o irmão.
A Secretaria Municipal de Saúde do Rio informou que os postos foram reabastecidos durante a manhã desta quarta-feira. Alguns chegaram a ter falta pontual, mas logo receberam as doses e a vacinação foi retomada, segundo a pasta. Durante a tarde, a imunização ocorria normalmente em toda a cidade para crianças de 11 anos, com deficiência ou comorbidades.

Devido ao número de doses pediátricas insuficientes enviadas, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio manterá a repescagem para crianças de 11 anos nos próximos dias. Somente com a chegada de novas remessas, será possível avançar o calendário de vacinação para meninas e meninos de 10 anos.
Daniele Kronemberger e Fred Silva levaram a filha, Catarina, ao posto Beatriz Perez/ Agência O DIA
Museu da República, no Catete, estava ontem sem filas para vacinação Beatriz Perez/ Agência O DIA
Luan Guterres,11, foi vacinar-se com a avó Cláudia Guterres no Museu da República, no Catete Beatriz Perez
Vitor Carvalho Coutinho,11, com a mãe Solange Carvalho no ponto de vacinação no Museu da República, no Catete Beatriz Perez/ Agência O DIA
Vacinação em família: Lucas,20, tomou a terceira e a irmã Emanuele Silva, a primeira dose da vacina contra covid-19 Beatriz Perez/ Agência O DIA