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PM nega ser o dono

Orla Rio diz que ele ocupava irregularmente quiosque perto de onde congolês foi assassinado

O PM, de boné, foi depor: ele disse que só ajudava a irmã, gerente do Biruta, onde Moïse trabalhou
O PM, de boné, foi depor: ele disse que só ajudava a irmã, gerente do Biruta, onde Moïse trabalhou -

O advogado Lennon Lopes Ribeiro, que defende o PM Alauir Mattos de Faria, apontado como dono do quiosque Biruta, vizinho ao Tropicália, onde o congolês Moïse Kabagambe, 24 anos, foi espancado até a morte, alegou que seu cliente não é o proprietário. "Ele ia lá apenas para ajudar a irmã Monique, que é gerente. Não pedia remuneração. Em 2019, ia com mais frequência, mas por conta da pandemia se afastou", disse.

Mas o PM é apontado como ocupante irregular do estabelecimento pela Orla Rio, detentora dos direitos de concessão dos quiosques na Barra. Segundo a empresa, o operador responsável do Biruta, onde Moïse chegou a trabalhar, chama-se Celso Carnaval.

"Esse é um dos fatos que motivaram a abertura de processo judicial contra Celso para reintegração de posse do quiosque", informou a Orla Rio, que identificou outras irregularidades no Biruta, como a não comprovação da regularização dos funcionários.

A concessionária Orla Rio explicou que o contrato para operação do Biruta foi celebrado com Celso Carnaval, que, sem o consentimento da empresa, entregou a operação a Alauir. A Orla Rio notificou o ex-operador algumas vezes por conta dessa e de outras irregularidades que estavam sendo cometidas no estabelecimento, mas como o mesmo não as sanou, rescindiu o contrato e entrou com uma ação judicial.