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Pai do suspeito de matar PM diz temer o filho momentos antes de ser executado em delegacia

Afirmações foram feitas momentos antes de Manoel e outro filho dele, Edson Marinho, serem executados quando cerca de 15 homens armados e encapuzados invadiram local

Depoimentos de pai e o filho, Edson Marinho, na delegacia de Miracema
Depoimentos de pai e o filho, Edson Marinho, na delegacia de Miracema -
Tocantins - O pai do principal suspeito de matar o policial militar Anamon Rodrigues de Sousa em Miracema, afirmou em depoimento temer o filho. De acordo com a "Tv Anhanguera", o depoimento de Manoel Soares da Silva, pai de Valbiano Marinho, revela uma rotina de ameaças dentro de casa.
Ao falar com o delegado, Manuel disse ter medo do filho e, por isso, assumiu ser o dono de uma arma encontrada na casa da família. De acordo com o depoimento, Manuel acreditava que seria agredido se dissesse que a arma era do filho.
As afirmações foram feitas momentos antes de Manoel e outro filho dele, Edson Marinho, serem executados dentro da delegacia. Na ocasião, cerca de 15 homens armados e encapuzados invadiram a delegacia de Miracema do Tocantins, renderam agentes da Polícia Civil e fizeram as execuções.
Pai e filho haviam passado a madrugada na delegacia e já tinham sido liberados, mas estavam aguardando o dia amanhecer para voltarem para casa.
De acordo com a "Tv Anhanguera", o delegado-geral da Polícia Civil, Claudemir Ferreira, afirmou não haver indícios do envolvimento de Manoel e Edson na morte do policial. "No primeiro momento não foi identificada nenhuma relação de prática criminosa por essas pessoas em períodos anteriores", afirmou.
Segundo a corporação, quando os militares estavam na delegacia receberam a informação de que Valbiano Marinho da Silva, de 39 anos, e principal suspeito de matar o PM, tinha sido morto dentro da residência da família.
Além deles, outros três jovens sem passagens pela polícia foram assassinados em Miracema do Tocantins após a morte do PM mas ainda não há confirmação de uma relação entre os casos. 
A Secretaria da Segurança Pública do Tocantins afirmou que o caso continua a ser investigado pela Polícia Civil, e que "mais detalhes serão divulgados em tempo oportuno."
Morte do sargento
Na noite da última sexta-feira, Anamon Rodrigues, que trabalhava na Agência de Inteligência da PM, foi até o setor Novo Horizonte II para realizar um levantamento de locais com maior incidência criminal para subsidiar uma operação da Polícia Militar que seria feita neste sábado. No local, houve uma troca de tiros e o sargento acabou ferido. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.