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Prefeitura do Rio publica edital de licitação para bilhetagem digital pela segunda vez

Na primeira tentativa, o município não recebeu nenhuma proposta de implantação

Novo sistema garante a prefeitura total controle sobre arrecadação dos transportes
Novo sistema garante a prefeitura total controle sobre arrecadação dos transportes -
Rio - O edital de licitação para o novo modelo de bilhetagem digital do BRT foi publicado, nesta sexta-feira (25), no Diário Oficial da Prefeitura do Rio pela segunda vez em seis meses. O sistema permite que o passageiro realize o pagamento da tarifa por meio de cartão bancário, celular e QR Code.
O edital para mudanças na forma de pagamento não é a única surpresa para os usuários do BRT nesta sexta, já que os rodoviários que atuam nas linhas entraram em greve para pedir melhores condições de trabalho, deixando os terminais lotados de pessoas.

Inédito entre as capitais brasileiras, o novo sistema tem como objetivo conseguir melhorar o planejamento municipal dos transportes públicos, por meio do monitoramento da demanda de usuários das linhas, e ter um maior controle de arrecadações financeiras para melhoras o serviço prestado à população.

O projeto prevê que em até um ano e meio não seja mais utilizado dinheiro para o pagamento de passagem. A operação deve começar até dezembro no BRT, como forma de testes, e após isso, o sistema deve ser implantado em ônibus convencionais, vans, metrôs, VLTs e outros meios de transporte do Rio até dezembro de 2023.

Além das facilidades para a Prefeitura do Rio, o novo modelo de pagamento também garante que o passageiro tenha controle total sobre seus gastos em tempo real, dentro de um aplicativo para celular. Com a implementação do programa, o atual meio de cobrança (RioCard) deixará de existir.

Em outubro do ano passado, a prefeitura já havia aberto uma licitação para início imediato do programa, onde empresas ligadas ao transporte público poderiam participar até o dia 6 de dezembro, porém, a data limite chegou e a Secretaria de Transportes não recebeu nenhuma proposta para implantação do novo modelo.

Problemas com a justiça

No primeiro processo de licitação, a Prefeitura do Rio ainda precisou passar por processos durante o período em que aguardava propostas. A RioÔnibus, sindicato das empresas de ônibus que atuam na cidade, entrou na justiça contra a implantação do novo modelo, pedindo a suspensão do projeto.

O sindicato alegou que o município estava descumprindo normais legais presente no contrato estabelecido entre ambos.