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Uma rotina de terror em casa

Árvore macabra que ele montou
Árvore macabra que ele montou -

A major PM Fabiana Pereira Ribeiro, que confessou ter matado o marido após sustentar por cinco dias que ele havia se suicidado, foi oficialmente afastada ontem das suas funções. O crime foi em 28 de fevereiro, na Ilha do Governador. A oficial, que trabalhou com assistência a vítimas de violência, relatou à polícia sofrer uma rotina de torturas sexuais e psicológicas. Por causa da falta de flagrante, ela não foi presa.

Entre as provas que Fabiana quer apresentar à Justiça, de acordo com a defesa, há vídeos com humilhações e com ameaças feitas pelo marido, Luiz Alberto Muniz do Cabo, 48. De acordo com a defesa, no Natal, o marido montou uma árvore macabra: com uma caveira usando boina do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) no topo e projéteis de fuzil em vez de bolas natalinas. A árvore fez as crianças chorarem durante a festa e seria para ameaçar a major.

O MEIA HORA apurou que a árvore pode ser comprada numa loja de departamentos, sendo comum sua venda a admiradores da unidade especial da PM. O próprio marido de Fabiana era um admirador do Bope e alguns afirmaram que ele chegou a servir na unidade, mas a informação foi negada pela assessoria da PM.

O escritório Marcelo Queiroz defende a major: "A defesa está colhendo elementos para corroborar com a versão da investigada, já que se trata de atos de violência física e psicológica, em círculo familiar íntimo. Além disso, aguarda-se total acesso aos elementos colhidos na investigação".