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'Coração mais aliviado após prisão desse monstro da Tijuca', diz primo de engenheiro morto a facadas

Delegado afirmou que Willian Ferraz do Carmo cometeu o assassinato brutal contra Gabriel Barbosa Leite sem motivação específica

Familiares e amigos descreveram Gabriel como uma pessoa boa, feliz, tranquila e comunicativa
Familiares e amigos descreveram Gabriel como uma pessoa boa, feliz, tranquila e comunicativa -
Rio - O primo do engenheiro morto a facadas na última sexta-feira (11), na Tijuca, afirmou que a família está com o coração mais aliviado após a prisão do autor do crime. Gabriel Barbosa Leite, 34, foi assassinado durante a madrugada na Rua Conde de Bonfim. Imagens de câmera de segurança evidenciaram a brutalidade do homicídio.
"A nossa família hoje amanheceu com o coração mais aliviado após a prisão desse monstro, o monstro da Tijuca. É assim que ele tem que ser conhecido e levado ao banco do réus. Um crime bárbaro e que não pode ficar impune. Existem leis e as leis precisam ser cumpridas para que todos possamos viver em paz na sociedade", disse Cláudio Velloso ao programa RJTV da TV Globo.
Gabriel teria saído de casa para comprar cigarros e morreu após ser atacado por 20 facadas. Após o crime, o autor do homicídio ainda vagou pelas ruas até 6h da manhã, antes de retornar para casa, no Morro do Salgueiro. "Ele chega a cruzar com outras pessoas e a mexer na faca, mas não ataca mais ninguém", explicou o delegado Cassiano Conte, responsável pela investigação na Delegacia de Homicídio da Capital (DHC).
Willian Ferraz do Carmo, de 26 anos, foi preso na noite de quinta-feira. Ele estava escondido no bairro de Ramos, Zona Norte do Rio, na casa de uma conhecida. Em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (18), Conte afirmou que o engenheiro Gabriel Barbosa Leite foi a primeira pessoa que Willian encontrou na rua ao sair de casa.
"Ele simplesmente saiu de casa, da comunidade do Salgueiro, por volta de 1h15 da manhã, e encontrou a vítima. O ataque ocorreu de forma aleatória", afirmou Conte.

Também participou da coletiva o titular da DHC, Alexandre Herdy. "Desde as primeiras horas do crime diversas diligências foram feitas e pelas imagens das câmeras ficou comprovado que não houve nenhum contato entre autor e vítima. O crime foi atípico e brutal, chocou a todos aqui na delegacia", disse Herdy.

Os investigadores pretendem solicitar um exame mental de Willian durante a investigação, que ainda está em curso. A Justiça decretou a sua prisão por 30 dias, e os investigadores irão solicitar ao Ministério Público que ela seja convertida em preventiva.

Ainda segundo os investigadores a divulgação das imagens do crime pela imprensa auxiliou as investigações, pois a sua residência foi localizada após uma denúncia ao Disque Denúncia.

"Na casa foram encontradas algumas facas, mas somente uma tinha manchas de sangue e essa foi apreendida. Um tênis com sangue também foi apreendido. Ele assumiu o crime e não demonstra arrependimento", afirmou Conte.
A missa de sétimo dia pela morte de Gabriel foi realizada na noite de quinta-feira (17) na Igreja de Santo Afonso, na Tijuca. 
Câmeras flagraram ataque brutal

Imagens de câmeras de segurança obtidas pela DHC mostram o ataque a faca sofrido pelo jovem. No vídeo, é possível ver o momento em que a vítima é perseguida e atingida, primeiro pelas costas. Depois, ela cai no chão e o criminoso a golpeia várias vezes. No registro, que traz a imagem de duas câmeras, é possível ver o momento em que Gabriel é seguido por um homem de roupas pretas, com mochila e uma faca na mão.

O suspeito parece acelerar o passo em direção ao engenheiro e, ao o alcançar, desfere o primeiro golpe em suas costas. Nesse momento, os dois saem do quadro e, uma segunda câmera mostra Gabriel com os braços para cima e com a camisa ensanguentada. Já bastante ferido, ele caminha para trás e tenta fugir, mas acaba tropeçando e cai. O agressor, então, se aproxima e o golpeia outras vezes o engenheiro.