Mais Lidas

A Tijuca está com muito medo

Bairro sofre com casos de violência, como morte de farmacêutico, que passava férias no Rio

Carlos Alexandre: tiro na cabeça
Carlos Alexandre: tiro na cabeça -

Dois dias após a morte do farmacêutico Carlos Alexandre Rezende, de 40 anos, na Praça Carlos Paolera, na Tijuca, o MEIA HORA rodou ontem pelo local e não encontrou carros de polícia garantindo a segurança. Mas os resquícios de sangue da vítima ainda eram visíveis no chão. Moradores e comerciantes disseram que estão vivendo sob medo constante.

Balconista numa farmácia ali perto, Robson Santos, 44 anos, disse que a onda de violência na Tijuca virou "coisa corriqueira". "É praticamente todo dia. Manhã, tarde e noite. Infelizmente parece que a violência está chegando num patamar totalmente descontrolado", desabafou.

Já Matheus Costa Rodrigues, 23, morador da Rua General Espírito Santo Cardoso, contou que de janeiro para cá ocorreram diversos roubos, principalmente de carros, perto de sua casa. "O que está intimidando demais os moradores é a frieza dos assaltantes. Agora eles atiram para matar".

O ambulante Edmilson Vieira, 56, que trabalha no bairro há 23 anos, na Rua Adolfo Mota, disse que este é o pior momento da Tijuca. "Vendo acessórios para celular aqui há um tempo, então sempre acompanhei o que acontece, mesmo de longe. Nunca vi tantas notícias ruins como agora. Isso é vida?", questiona.

Ao finalizar, ele faz um pedido às autoridades: "Façam alguma coisa por nós. Não só pela Tijuca, mas também nas adjacências. Tá muito complicado, é cada dia pior. A gente só quer viver tranquilamente, não pedimos muito".

Carlos Alexandre: tiro na cabeça Reprodução/ SBT
Parentes e a namorada da vítima se reuniram ontem na despedida a ele, no Caju fabio costa
Na praça onde houve brutal assassinato na sexta não havia polícia ontem fotos de fabio costa