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Rio fica em ponto morto

Com greve nos busões e problemas de sempre nos trens, trabalhadores têm uma terça de cão

Ao lado da estação do BRT em Madureira, um ponto estava lotado de passageiros atrasados e cansados
Ao lado da estação do BRT em Madureira, um ponto estava lotado de passageiros atrasados e cansados -

A cidade do Rio começou a terça-feira 'com o pé esquerdo'. Com a greve dos rodoviários, houve longas filas, aglomerações e demora para chegar ao trabalho. No trem não houve refresco: dois ramais operaram com atraso. No Centro, motoristas de aplicativo fizeram manifestação. Para completar, os garis colocaram o pé no freio, comprometendo a limpeza da cidade.

No BRT em Madureira, o 'Bom dia Rio', da TV Globo, entrevistou a auxiliar de serviços gerais Ana Beatriz dos Santos, 23 anos. Ela tentava chegar a um condomínio no Recreio e seu recado ao vivo para a chefe viralizou na internet: "De que jeito? Não sei. De avião, só pode. Porque não tem como, né, Dona Rosângela? Não tem como chegar no trabalho".

A secretária municipal de Transportes, Maína Celidonio, afirmou que após a decretação do fim da greve, 1.700 ônibus circulavam por volta de meio-dia. O dia amanheceu com apenas 60% dos veículos de linhas comuns.

Quem veio de Santa Cruz, conseguiu chegar, com atraso e ônibus lotado, ao Alvorada, na Barra, nos 'diretões' disponibilizados pela prefeitura. Mas no terminal da Barra a falta de ônibus deixou os passageiros sem perspectiva de como chegar ao trabalho.

Em liminar concedida ao RioÔnibus, a desembargadora Edith Tourinho declarou a greve ilegal, sob pena de multa diária de R$ 200 mil. O sindicato acatou a decisão. Segundo a entidade, os empresários não ofereceram proposta para reajustar salários e benefícios. Os trabalhadores estão há mais de três anos sem reajustes de salário, tickets ou cesta básica.