Pedaço de bala achado no corpo de kauan

Exame com projétil de fuzil pode dizer se tiro partiu de PM, como acusa a família

O corpo de Kauan da Silva Santos, 17 anos, foi sepultado ontem no Cemitério de Irajá. Ele morreu baleado na noite de segunda-feira e foi jogado num valão na Favela do Dourado, em Cordovil. A família voltou a cobrar justiça, afirmando que ele foi morto por PMs. A perícia da Polícia Civil encontrou um fragmento de bala de fuzil no corpo do jovem.

"Eu estava mais tranquilo, mas agora estou revoltado. Acabei de ver o Kauan, ele era cheio de vida", lamentou o tio e presidente da Associação de Moradores do Dourado, Thiago Velasco, lembrando que o menino foi baleado logo após sair da festa em comemoração à classificação dele para o Campeonato Mundial de Grappling, uma espécie de luta. Moradores afirmaram que os militares entraram atirando na comunidade, mas o porta-voz da PM, tenente-coronel Ivan Blaz, disse que houve troca de tiros com criminosos.

O delegado Alexandre Herdy, da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), disse que o fragmento de bala está sob análise. As armas dos PMs, que estão afastados do serviço nas ruas, foram apreendidas para o exame.