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cante o samba

Vamos sublimar em poesia

A razão do dia a dia

Pra ganhar o pão

Acordar de manhã cedo

Caminhar pra estação

E chegar lá em D. Pedro

A tempo de bater cartão

Não é mole, não

Com a inflação

Almejar a regalia

E o progresso da nação

O suburbano quando chega atrasado

O patrão mal-humorado

Diz que mora logo ali

Mas é porque não anda nesse

trem lotado

Com o peito amargurado

Baldeando por aí

Imagine quem vem lá de Japeri

Olhando a menina de laços de fita

Batucando na marmita

Pra não ver o tempo passar

Esquecendo da tristeza quando

o trem avariar

E na viagem tem jogo de ronda

De damas e reis

Vendedores, cartomantes, repentistas

Tiram onda de artista

No famoso "Trinta e Três"

O trombadinha quase sempre

se dá bem

O paquera apanha quando

mexe com alguém

Não é tão mole andar

de pingente no trem