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cante o samba

Pajé voltou para contar que o céu desabou

Fumaça traziam sagradas visões

Na dança ancestral me revelou

Das ervas evocou os guardiões

Xapiri, me perdoe do que nós fizemos de Urihi

Xapiri ensinou a cuidar e vamos destruir

A razão ancestral evocou sua voz

Só não deixe o mundo cair sobre nós

Omama escondeu na floresta

Pedaços do céu contra os olhos da ambição

A ganância sente fome

E o mal que nos consome mata o homem e o quinhão

Xamã cura a terra da guerra da gente

Dos mitos que deixam a tribo doente

Enfim descerá de uma estrela um índio guerreiro

De pele vermelha caboclo flecheiro

Okê okê arô… Odé odé

A Jurema que desmata tem a cura e o axé

Okê okê arô… Odé odé

"Apesar de você" eu ainda mantenho a fé

Eu não largo da batalha… Sossego

Nossa aldeia nunca falha… Auê auê

Sacudindo a poeira das cinzas vou renascer