Mais Lidas

cante o samba

Clamo a presença dos ancestrais

Arde a chama na candeia, a luz dos seus ideais

Livre, o samba faz escola, manifesto no terreiro

Sou quilombola

Vou de pé no chão

Resgatar a pureza dos meus carnavais

O novo pavilhão

Foi Oxum quem bordou de dourado e lilás

Vem maracatu do caboclo lanceiro

Dança o caxambu, jongueiro

Saravá lundú, afoxé, capoeira

No rabo de arraia não leva rasteira

Puxa o partido pro mestre versar (Candeia!)

Firma na palma da mão a noite inteira (bis)

Risca no amoladinho, ioiô

Ô iaiá, vem mexer com as cadeiras (vem sambar)

Sou da arte negra sentinela

Um quilombo em cada favela

Contra toda forma de opressão

Sou a poesia sem mordaça

Tambores em dia de graça

Heróis e heroínas da abolição

Sou o canto forte de Palmares

A vibrar pela cidade

Um grito sufocado a resistir

Inspiro a verdadeira liberdade

Valeu, Zumbi

Quem leva a noite na cor

De verde e branco é rei

Mostra seu valor

(bis)

No Império da Tijuca

Negritude é lei (Negritude é lei, é lei)