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Pedidos de justiça no adeus a Raquel

Grávida, mãe da menina passa mal na despedida

Em clima de revolta e sob forte emoção, Raquel Antunes da Silva, de 11 anos, foi enterrada na tarde de ontem no Cemitério São Francisco de Paula, no Catumbi. A menina morreu no Hospital Souza Aguiar depois de ter as pernas imprensadas entre um poste e um carro alegórico da escola de samba Em Cima da Hora, na última quarta-feira.

Crianças e adultos, usando blusas com a foto da menina, fizeram um protesto em frente ao cemitério. Segundo a Polícia Civil, o caso está sendo investigado como homicídio culposo (sem intenção) e os depoimentos já estão sendo prestados.

Marcela Portelinha, mãe de Raquel, grávida de três meses, foi retirada do velório por estar muito abalada. Na chegada do caixão para o cortejo, já fechado, ela correu até ele chorando e gritando "Não, não, não". A mãe desmaiou e foi levada ao túmulo num carrinho.

Um parente disse que, mesmo após a tragédia, os responsáveis pelas escolas de samba não fizeram nada para evitar que outras crianças continuassem subindo nos carros que passavam rumo aos barracões nas ruas vizinhas ao Sambódromo. "As pessoas das escolas tinham que ficar guiando os carros", opinou.