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De Parintins pra Caxias

Ferreiro que brilha no festival manauara empresta seu talento à Grande Rio

Nerildo Jacaúna diante da alegoria no barracão da campeã do Carnaval, na Cidade do Samba
Nerildo Jacaúna diante da alegoria no barracão da campeã do Carnaval, na Cidade do Samba -

Ele veio de Manaus (AM) para ajudar na confecção de um dos carros alegóricos da Grande Rio, que necessitava de mecanismos de movimentação, sua especialidade no Festival de Parintins. Há seis meses longe de casa, Nerildo Jacaúna, 41 anos, falou ontem do sacrifício e da alegria de ser campeão. Foi seu primeiro trabalho no Carnaval carioca.

"A emoção é grande quando você vê o seu trabalho entrando na Avenida, dando tudo certo. Gratificante. Ainda mais quando você vê que toda essa arte e empenho resultaram em um título. Sem palavras", comentou.

Nerildo foi responsável pelo quarto carro da escola de Duque de Caxias, "Dobra o Surdo de Terceira: Folia Exusíaca", que trazia elementos carnavalescos, como um bate-bola gigante. "A peça (bate-bola) mexia a cabeça, os braços e as pernas, o que trazia uma certa complicação", revelou o artista, que atua como ferreiro de movimento. "A gente sempre procura fazer um trabalho com segurança, mas sempre tem um receio de que algum problema pode ocorrer".

A Grande Rio conquistou seu primeiro título no Grupo Especial com o enredo "Fala, Majeté! Sete chaves de Exu". Um dos carnavalescos, Leonardo Bora, disse que foi um 'presente para Exu'. Ele divide o posto com Gabriel Haddad. "Exu tem acompanhado a gente há muito tempo, então é muito gratificante que essa comunidade erga essa taça em homenagem a ele", comentou.