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Milícia explora até catador

Operação na Muzema e Rio das Pedras tem 79 mandados de busca e apreensão

Operação contra a Milicia na Muzema e Rio das Pedras, nesta quinta feira (05).
Operação contra a Milicia na Muzema e Rio das Pedras, nesta quinta feira (05). -

Uma denúncia feita à Draco (Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas), ao qual o MEIA HORA teve acesso, mostra o grau de exploração econômica no qual moradores de Rio das Pedras e Muzema estão submetidos: até catadores de lixo devem pagar taxas aos criminosos locais. "Daqui a pouco a população vai ter que pagar para sair na rua", escreveu o denunciante, após apontar a nova modalidade de exploração.

Com base em informações de inteligência, o delegado Thiago Neves, titular da Draco, reuniu informações para uma nova etapa do projeto Cidade Integrada, visando cumprir 79 mandados de busca e apreensão, em endereços ligados ao miliciano Jocemir de Santana Souza, vulgo Cemir, uma das lideranças de Rio das Pedras e Muzema. Cemir foi preso em 2021, após ser baleado, mas continuaria com influência na região.

Ao ser preso, em seu poder havia um aparelho de telefone celular, sendo que este, após representação e deferimento judicial, foi submetido a análise de inteligência. Na análise, "pode-se verificar claramente, que as comunidades são subjugadas a atuação criminosa da milícia, circunstância em que os moradores são obrigados a realizar o pagamento de taxas inerentes à prática de extorsão sob forma de segurança privada ou outro tipo de serviço, como o consumo de água e luz no âmbito residencial, transporte alternativo e até a cobrança de valores aos catadores de lixo reciclável", disse a especializada, em nota.

Operação contra a Milicia na Muzema e Rio das Pedras, nesta quinta feira (05). Marcos Porto/Agencia O Dia
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