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Capitão do Garça

Oficial da polícia militar preso por ligação com miliciano já era investigado por outros crimes

Garça (ou PQD) enviava foto com balaclava e armas a policiais: criminoso cooptou vários agentes
Garça (ou PQD) enviava foto com balaclava e armas a policiais: criminoso cooptou vários agentes -

O capitão Pedro Augusto Nunes Barbosa, preso na sexta-feira, dia 20, por ligação com o miliciano Francisco da Silva Costa, o Garça, já é alvo de outra investigação que apura a tentativa de homicídio contra um policial civil e que envolve uma rede de comércio ilegal. Na ação que o levou à prisão há três dias, diálogos obtidos pela Draco demonstram que o capitão era homem de recados do miliciano para outros agentes, além de fornecer informações sobre quem estava escalado para o policiamento e até dizer a localização de viaturas e o horário de patrulhamento das mesmas. Segundo os investigadores, os serviços seriam pagos com propinas e presentes. 

O oficial era chamado de 'Nun' por Garça e já estava no radar da polícia desde abril de 2019, quando o policial civil Bruno Rodrigues chegava em casa, na Vila Valqueire, Zona Oeste do Rio. Na ocasião, o carro de Rodrigues foi interceptado por três praças da PM que dispararam quase 30 tiros. O agente sobreviveu.

O motivo do ataque seria a investigação que o agente promovia contra o comércio clandestino de cigarros, na Pavuna. Nesse comércio, o capitão, que na época era tenente, é suspeito de coagir comerciantes a comprar cigarros clandestinos, monopolizar a venda e lucrar com as vendas. Nesse período, ele chegou a ir para a então Barreira Fiscal, que fiscalizava a entrada de produtos no Estado, função na qual recebia gratificação de R$ 13 mil. Ali, segundo a polícia, poderia facilitar a entrada de produtos ilegais.

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