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Irmã presta depoimento

Mãe de Fabrício dos Santos Silva acompanhou depoimentos

Familiares de Fabrício comparecem à  Delegacia de Homicídios (DH)
Familiares de Fabrício comparecem à Delegacia de Homicídios (DH) -

Sueli dos Santos Pinto, mãe de Fabrício dos Santos Silva, 24 anos, jogador de futebol amador e morador de Manguinhos executado ao entrar por engano no Morro do Cruz, na Tijuca, esteve ontem na Delegacia de Homicídios (DH). Acompanhada da filha, da nora e um dos amigos que estava com o rapaz momentos antes da execução, Sueli presenciou o depoimento prestado pela irmã de Fabrício. O amigo do rapaz também deu seu relato na especializada.

Após acompanhar o depoimento da filha, Sueli relatou o ocorrido. Ela disse que a filha foi chamada em casa por dois amigos do atleta. Eles foram a um bar de Manguinhos e depois a outro na Mangueira, quando souberam de uma festa no Morro do Borel, também na Tijuca. Os amigos chamaram um Uber, que os deixou no Morro do Cruz: uma extensão do Borel dominada pela quadrilha rival de traficantes da que atua em Manguinhos.

Conforme Sueli, uma senhora perguntou aos três de onde eram e, ao escutar que moravam em Manguinhos, a mulher teria os orientado a sair do local. "Essa senhora disse a eles: 'Vai embora que aqui é outra facção e está em guerra'. Os outros dois saíram correndo e meu filho ficou conversando com essa senhora", lembrou a mãe.

Sueli conta que ao saber da história, ela foi imediatamente até ao local onde o rapaz foi visto pela última vez porque imaginava que o encontraria dormindo na casa dessa senhora. Ao chegar à porta da casa da mulher, ela viu o chinelo do filho e um copo quebrado.

"A minha intenção era de que ele estivesse dormindo na casa dessa senhora, não esperava por isso. Quando vi o chinelo dele, comecei a gritar, bater em todas as portas, ninguém abria. Até entendo, as pessoas ficam com medo", disse a mãe do jogador.

Após ir à delegacia, Sueli soube por policiais que um corpo havia sido achado na Rua Leopoldo, no Andaraí, e levado ao IML. "Fui até o IML e ouvi o que não queria: era ele. A moça só me mostrou uma foto do rosto, eu reconheci. Mataram com tiros de fuzil nas costas. Não quis saber quantos, mas falaram que foi muito tiro", afirmou.