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'Mercenários' da PM na mira do MPRJ

Dez policiais foram presos ontem, mas um ainda continua foragido

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) prendeu ontem, dez policiais militares na "Operação Mercenários", e um continua foragido. Ao todo, 11 PMs foram procurados por integrarem uma organização criminosa voltada pra crimes de corrupção, tortura, peculato e concussão — quando um funcionário público usa o cargo pra obter vantagens indevidas. O sargento Denilson Sardinha está foragido.

Os agentes também cumpriram 35 mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos denunciados. Entre os investigados está o tenente-coronel André Araújo de Oliveira, comandante do 15º BPM (Duque de Caxias). Chefe do Serviço Reservado (P2) do batalhão, o capitão Anderson Santos Orrico foi preso. Foram apreendidos cerca de R$ 253 mil em espécie, armas, munições, cadernos de contabilidade, joias e radiocomunicadores.

O Batalhão de Duque de Caxias foi um dos endereços alvos de mandados de busca e apreensão. No local, os agentes encontraram R$ 37 mil foi encontrados na sala do capitão Orrico. Somando os R$ 96 mil da casa dele, foram R$ 133 mil apreendidos.

Na residência do subtenente Antônio Carlos dos Santos Alves, lotado no 15º BPM (Caxias), houve apreensão de diversos fuzis, dezenas de munições, pistolas, radiocomunicadores, cadernos, algemas, joias, e até uma blusa e um boné com emblema da Polícia Civil do Rio. Ainda foram apreendidos R$ 120 mil em dinheiro.

Em nota, a PM disse que está colaborando com as investigações, e que André foi afastado do comando do batalhão de Caxias visando a isenção no andamento do caso. "A Polícia Militar não compactua com desvios de conduta e tem como objetivo a apuração dos fatos".