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Ferros-velhos de cara nova

Em 90 dias, estabelecimentos deverão se adaptar a exigências previstas em lei. Recicladores reclamam de regras

arte regras ferro velho
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A morte do perito Renato Couto, no último dia 13, expôs a face mais cruel do roubo de metal, revendido a ferros-velhos. A polícia concluiu que o perito foi morto após tentar reaver peças de sua propriedade que foram furtadas por usuários de drogas e revendidas para um estabelecimento que as comprava sem verificar a sua procedência. Agora, no entanto, esse ciclo será combatido tendo a legislação como uma aliada. É o que pretende uma resolução da Secretaria de Polícia publicada cinco dias após a morte de Couto.

"A resolução regulamenta a concessão de Registro de Autorização de Funcionamento (RAF). Na prática, a polícia Civil passa a ter a atribuição de autorizar o funcionamento desses estabelecimentos, desde que cumpram os requisitos legais. As empresas têm 90 dias para requerer o RAF e se adequarem", afirmou o delegado Felipe Curi, coordenador da Força-Tarefa da Polícia Civil de combate o mercado ilegal de metais.

Na última quinta-feira, dia 26, a Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) fez mais uma ação de fiscalização em ferros-velhos. Nela, foi apreendida 1 tonelada de cobre furtado. " O delegado Luiz Henrique Marques, titular da especializada, explicou que para fugir da fiscalização, alguns ferros-velhos estão migrando. "Já notamos a migração de estabelecimentos para dentro de comunidades. O objetivo desses proprietários é se eximir das fiscalizações e descumprir as normas previstas na resolução", afirmou.