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Datafolha: 72% dos brasileiros não acreditam que armas trazem mais segurança

Maior parte dos entrevistados também negou a ideia de que é preciso facilitar o acesso de pessoas às armas

Maioria dos entrevistados não acredita que é preciso facilitar o acesso de pessoas às armas
Maioria dos entrevistados não acredita que é preciso facilitar o acesso de pessoas às armas -
Uma pesquisa do Instituto Datafolha aponta que 7 em cada 10 brasileiros negam a ideia de que armas fazem a população se sentirem mais seguras. Divulgada nesta terça-feira (31), pelo jornal "Folha de S. Paulo", os dados revelam que quando questionados se "a sociedade brasileira seria mais segura se as pessoas andassem armadas para se proteger da violência", 72% dos entrevistados discordaram da afirmação. Os que concordam com a ideia são 26%.
Entre os que os discordam desta afirmação, o maior percentual está entre mulheres (78%) e pessoas que se autodeclaram pretas (78%). Em seguida estão pessoas com faixa de renda de até dois salários mínimos (75%).

Os que concordam com a ideia estão os entrevistados com sexo masculino (32%), da região Norte (32%) e com renda familiar de mais de dez salários mínimos (37%). 
Outra frase testada foi "O povo armado jamais será escravizado", dita pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). O percentual de discordância foi de 69%, contra 28% que concordam, 3% não soube responder e 1% não concorda nem discorda.
A rejeição é maior para esta afirmação foi maior entre mulheres (73%), no Sudeste (73%) e entre pessoas autodeclaradas negras (73%).
Os que mais concordam são brasileiros do Norte do país (40%), pessoas com renda superior a dez salários mínimos (41%) e empresários (52%).
A pesquisa mostra também que 71% dos entrevistados discordam da ideia de que é preciso facilitar o acesso de pessoas às armas, enquanto 28% concordam com o pensamento e 1% não soube responder.
A proporção dos que discordam com a afirmação é maior entre mulheres (77%), pessoas que se autodeclaram pretas (78%) e jovens de 16 a 24 anos (75%).
Os que mais concordam com a afirmação são homens (35%), pessoas da região Norte (34%) e pessoas com renda superior a dez salários mínimos (37%).
O Datafolha ouviu 2.556 pessoas nos dias 25 e 26 de maio em 181 cidades. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.