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Assassino detalha a barbaridade

Pintor de paredes diz que amigo foragido é que matou idosa e diarista no Flamengo

A diarista Alice Fernandes da Silva foi enterrada no Cemitério Jardim da Saudade em Paciência, Zona Oeste
A diarista Alice Fernandes da Silva foi enterrada no Cemitério Jardim da Saudade em Paciência, Zona Oeste -

Em depoimento na Delegacia de Homicídios da Capital, na noite de sexta-feira, Jonathan Damasceno contou detalhes do bárbaro assassinato de Martha Maria Lopes Pontes, 77, e Alice Fernandes da Silva, 51, praticado com William Oliveira Fonseca, que está foragido. Elas foram degoladas e tiveram seus corpos carbonizados no apartamento de Martha Maria no Flamengo.

No documento ao qual o MEIA HORA teve acesso, o pintor de paredes diz que passou a trabalhar no prédio da Avenida Ruy Barbosa no início do ano, num apartamento do 4º andar, com o pai, o sogro e um vizinho. Após esse serviço, ele foi indicado a Martha Maria, que morava no 12º.

Também com o pai, que o ensinou o ofício, Jonathan trabalhou no imóvel por 15 dias, entre março e abril. A contratante disse que gostaria de realizar outro serviço nas portas, mas que iria chamá-los novamente após melhorar de uma crise alérgica. Em maio, Jonathan contou que foi até o apartamento e perguntou a Martha se ela teria algum serviço para ele, mas a resposta foi negativa.

Segundo Jonathan, ele foi "se desesperando com a quantidade de dívidas que vinham acumulando", e chamou o amigo William Fonseca para assaltar o apartamento de Martha. Ele afirma que haviam combinado de o crime se limitar a um roubo, sem ferir a vítima.

Ambos pegaram o metrô em Acari e foram até o Flamengo. Levaram bonés e máscaras para dificultar suas identificações nas câmeras do edifício.