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Em maior valor em cinco meses, dólar fecha R$ 5,32 após aprovação de PEC das 'Bondades'

Mercado internacional monitora com cautela o pacote de benefícios aprovados pelo Senado com o temor do aumento dos riscos fiscais no Brasil

O mercado internacional reagiu com cautela após a aprovação da chamada PEC 'Kamikaze' e a moeda americana fechou em alta nesta sexta
O mercado internacional reagiu com cautela após a aprovação da chamada PEC 'Kamikaze' e a moeda americana fechou em alta nesta sexta -
Rio - Em mais um dia de tensões domésticas e internacionais, o dólar superou a barreira de R$ 5,30 e fechou no maior valor desde o início de fevereiro. Após três quedas consecutivas, a bolsa de valores teve leve recuperação e conseguiu subir no acumulado da semana.

O dólar comercial encerrou esta sexta-feira, 1º, vendido a R$ 5,321, com alta de R$ 0,086 (+1,65%). A cotação chegou a ficar abaixo de R$ 5,30 no início da tarde, mas a tendência de subida se consolidou perto do fim das negociações, com o aumento do pessimismo no mercado financeiro.

A cotação está no maior nível desde 4 de fevereiro, quando também estava em R$ 5,32. Com a alta de hoje, a queda da moeda norte-americana em 2022 caiu para 4,57%. Apenas nesta semana, a divisa valorizou-se 1,33%.

O mercado de ações teve um dia menos tenso. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 98.954 pontos, com alta de 0,42%, sustentado pela compra de ações que ficaram muito baratas nos últimos dias. Os ganhos de hoje fizeram o indicador encerrar a semana com alta de 0,29%, a primeira valorização após quatro semanas seguidas de queda.

A sexta-feira foi turbulenta tanto no mercado interno quanto no externo. No plano internacional, o dólar voltou a subir ante as principais moedas do planeta, apoiado em temores de que os Estados Unidos e diversas economias avançadas entrem em recessão por causa do aumento dos juros para conter a inflação global.

No Brasil, os investidores repercutiram a aprovação, ontem (30), pelo Senado da proposta de emenda à Constituição que aumenta benefícios sociais e cria auxílios para lidar com os efeitos da alta dos combustíveis. Mudanças de última hora elevaram o impacto fiscal do texto de R$ 38,75 bilhões para R$ 41,25 bilhões apenas no segundo semestre.