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Mulher enterrada no quintal

Homem confessa que matou a esposa, esquartejou o corpo e ocultou dentro da casa deles, em Nova Iguaçu

Peritos analisam local onde restos mortais de Cláudia Gonçalves foram encontrados
Peritos analisam local onde restos mortais de Cláudia Gonçalves foram encontrados -

Parentes da cuidadora de idosos Cláudia Gonçalves de Moura, 51 anos, estiveram ontem no IML de Nova Iguaçu para reconhecer o corpo. Ela sumiu na segunda-feira e foi encontrada esquartejada e enterrada no quintal de casa, onde vivia com o marido, José Carlos Martins Esperidião, autor confesso do crime.

"Eu já esperava encontrá-la, pelo menos, machucada, ou que estivesse amarrada em algum lugar, mas conforme foram passando os dias e os fatos se estreitando mais para o lado dele, a gente já desconfiava que ele tinha matado a minha mãe. Mas da forma que ele matou, foi cruel. Saber que ele esquartejou minha mãe foi bem cruel", desabafou Wesley Apolinário.

O filho alertou que Cláudia não é a primeira mulher de José Carlos a desaparecer. "Inclusive, a primeira mulher dele também está desaparecida até hoje. Com certeza ela foi mais uma vítima porque ninguém some assim, do nada".

Pedro Antônio, ex-marido da vítima, disse, sobre o que viu dentro da casa, que não havia vestígio de luta corporal, como alegou o assassino. "Ele pensou em todos os detalhes. Estamos falando de um psicopata, aquilo ali é coisa que eu nunca tinha visto. A casa estava intacta. Ele teve o cuidado de organizar tudo, peça por peça", disse.

José Carlos foi preso acusado de homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Em depoimento, disse que descobriu um relacionamento extraconjugal da mulher e os dois discutiram. Esperidião disse ainda que Cláudia o teria ameaçado com uma faca, primeiramente. Os dois entraram em luta corporal e ele, ao perceber que ela já estava morta, "resolveu cortá-la em pedaços, pois o corpo não caberia no pequeno espaço que tinha para enterrar no quintal".