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Projeto brasileiro em tecnologia no esporte é atração na Grécia

Trabalho pioneiro de uma moradora do Rio de Janeiro está concorrendo a um prêmio mundial em encontro olímpico

Bianca Gama defende na Grécia, tradicional berço do esporte, a importância da tecnologia.
Bianca Gama defende na Grécia, tradicional berço do esporte, a importância da tecnologia. -
Um projeto brasileiro, pioneiro na união entre história, esporte e tecnologia será atração na 15ª International Session For National Olympic Academies &National Olympic Committees Delegates, que está acontecendo na Grécia. Sua criadora e gestora, Bianca Gama, foi convidada pelo Dean Kostas Georgiadis, para falar a representantes de academias olímpicas de 21 países pelo ineditismo sobre o eMuseu do Esporte, primeiro museu com modelo tecnológico a permitir visitas virtuais com galerias e exposições que contam a história dos maiores feitos esportivos brasileiros em diversas modalidades.
Como diz Bianca Gama, o maior brilho do eMuseu é não ser um Museu de alguns mas sim de todos, "uma plataforma para dar voz aos grandes protagonistas da historia do esporte, reunindo em um só lugar entidades de todas as modalidades”.
Além do www.emuseudoesporte.com.br, o projeto inclui uma carreta especialmente equipada e acessível, que vem rodando o país, levando o acervo virtual a várias cidades, além de plataformas 3D que possibilitam a simulação da prática de vários esportes como surfe, skate, natação, ciclismo e corrida.
"Essa é uma possibilidade de ouro, não só para a internacionalização do eMuseu do Esporte como para reverberar a história do esporte brasileiro nas principais academias olímpicas do mundo", afirmou Bianca Gama, doutora em ciências da saúde e do esporte e professora convidada por diversas universidades internacionais, no Japão, Alemanha, Grécia, etc, para falar sobre sua experiência e projetos nessa área, afinal, o eMuseu do Esporte é reconhecido como um case de sucesso, na área da tecnologia no esporte, tanto que tem um alcance de público atingido nada menos que cerca de 2 milhões de pessoas.
Ela contou que a ideia de criação do eMuseu do Esporte nasceu após os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, com o objetivo de se tornar um hub virtual para engajar atletas, entidades esportivas, museus e torcedores em torno da preservação da memória esportiva, combinando tecnologias digitais. A partir daí, em 2018, foi dado início às exposições virtuais e, atualmente, são 21 acervos disponíveis na rede mundial de computadores com versões em português, inglês e espanhol, divididos entre exposições e galerias 3D.
Pós Doutora em Propriedade Intelectual, além de gestora de projetos na diretoria de inovação da Uerj, Bianca Gama defenderá na Grécia, tradicional berço do esporte, a importância da tecnologia hoje para a preservação e manutenção da história esportiva com foco no desvelar do futuro, já que a iniciativa está sendo procurada por diversos países para realização de parceria com a plataforma criada.
“As plataformas online de consumo cultural foram fundamentais e destaque na garantia de entretenimento e informação, em especial no momento de pandemia que vivemos, quando as visitas aos museus físicos e aos demais equipamentos culturais ficaram inviáveis. Na nova sociedade tecnológica, integrar o virtual e a realidade é desafiador para profissionais de diversas áreas de atuação. Incorporando experiências virtuais às práticas reais se chega a melhores resultados na difusão e recepção de informação, gestão e principalmente como plataforma pedagógica, entre outras áreas," explicou Bianca Gama.
Atualmente, quem acessa gratuitamente o eMuseu do Esporte pode fazer uma visita imersiva a dez exposições e onze galerias 3D virtuais permanentes, material também disponível na sua carreta itinerante. O projeto é reconhecido como referência em divulgação de conteúdo histórico e cultural com a utilização de tecnologia digital inovadora, uma ferramenta que permite acesso a documentos para facilitar registros públicos e acompanhamento acadêmico. O trabalho deu origem também a um eBook com três opções de idioma: português, inglês e espanhol, quatro e-books para crianças sobre esportes olímpicos e paralímpicos e um para profissionais de educação física, com foco em Maria Lenk, a primeira heroína olímpica do Brasil. Tudo isso graças aos mais de 100 parceiros de conteúdos do eMuseu.
O eMuseu do Esporte é um exemplo prático desse novo tipo de consumo digital, uma plataforma virtual colaborativa para a criação de museus virtuais, galerias e exposições. Além disso, os visitantes têm a chance de participar de experiências interativas e imersivas, com igualdade de acesso a coleções das empresas e agências patrocinadoras, que investem em cultura, educação, sustentabilidade e esporte", explicou Bianca.
O que teve início com Bianca Gama, hoje conta com parceiros como prefeituras; Comitê Olímpico do Brasil (COB); Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB); Confederação Brasileira de Basketball (CBB); Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa); Confederação Brasileira de Voleibol (CBV); Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM); Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt); Comitê Brasileiro do Esporte Master (CBEM); Museu Internacional do Esporte, Desporto Militar, Vasco da Gama, Fortaleza, Juventude, dentre outros.
A novidade para 2022 segundo Bianca Gama idealizadora do projeto ao lado de Lamartine DaCosta é que agora a plataforma terá a funcionalidade para visitas guiadas possibilitando que grupos, escolas, universidades agendem sua visita e terem um guia Avatar contando a história da galeria escolhida. O Metaverso no eMuseu do Esporte.
Carreta Itinerante pega a estrada para levar a história do esporte "aonde o povo está"
O espaço de uma carreta foi totalmente adaptado para abrigar em seu interior 24 ambientes diferentes, com 13 galerias virtuais e 11 exposições, além de uma plataforma 3D interativa e imersiva, que proporciona a atletas profissionais e amadores a possibilidade de se aventurar em esportes como o surfe, skate, tênis, natação, ciclismo, entre outros.
A atração, que faz parte do eMuseu do Esporte, reúne o melhor do esporte nacional, experiências interativas em diversas modalidades, incentivo à iniciação na prática desportiva e, ainda, formação de monitores para a recepção em eventos culturais tem rodado o Estado do Rio, mas agora está sendo repaginada para pisar no solo mineiro e Capixaba.

As oportunidades são várias para recordar conquistas históricas do esporte brasileiro, com direito a um holograma de Magic Paula, uma das maiores atletas do basquete mundial, pronta para interagir com o público.

Sobre a Bianca Gama - Ela é consultora para hubs de Ciência e Tecnologia, diretora da Gama Assessoria, Idealizadora e gestora do eMuseu do Esporte. Em março, apresentou sua tese de pós-doc, que tem o eMuseu do Esporte como tema, na Universidade de Patras e seu projeto ao Ministro dos Esportes da Grécia, Lefiteris Avgenakis.

Doutora em Ciências da Saúde e do Esporte (Uerj - RJ), com mestrado em Ciências do Exercício (Uerj), pós-graduação em Gestão, Administração e Marketing (FAMATH) e graduada em Educação Física (UFRJ), Bianca Gama atuou e atua como pesquisadora convidada de várias Universidades Internacionais, como Tsukuba no Japão, Técnica de Munique na Alemanha e Patras na Grécia. Foi gestora de Entretenimento no Comitê Organizador Rio 2016, Gestora de Entretenimento da Copa América 2019, FIBA Intercontinental CUP 2019 e 2020 e do Comitê Organizador Rio 2016; Gerente de Marketing no Instituto Superar; Gestora dos eventos e Captadora de recursos da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa; Participação no Comitê Organizador dos Jogos Pan-Americanos Master 2020 no Rio, entre outros.

É autora do livro Renovação do Voluntariado: Legado de Megaeventos Esportivos organizadora com o professor Dr. Leonardo Mataruna do livro Megaevents Footprints: Past, Present and Future, editora da obra The Future of Sport Mega-Event e autora de mais de 10 capítulos de livros e diversos artigos científicos.

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