As polícias Civil e Militar confirmaram, no início da noite de ontem, a morte de 18 pessoas durante operação no Complexo do Alemão, sendo 16 suspeitos e dois inocentes. O objetivo da ação era localizar e prender cerca de 100 criminosos que pretendiam sair do conjuntos de favelas para praticar roubos e invasões em outras comunidades.
O tenente-coronel Uriá Nascimento, do Batalhão de Operações Especiais (Bope), disse que os traficantes do Alemão usam roupas similares às fardas da PM para confundir os agentes. O setor de inteligência da PM identificou que eles se disfarçam para roubar carros, principalmente no Grande Méier, Irajá e Pavuna.
Em coletiva na Cidade da Polícia, o subsecretário da Polícia Civil, Ronaldo Oliveira, afirmou que a operação foi bem planejada. "Infelizmente tivemos duas baixas de pessoas que não era para ter", disse, referindo-se à morte do cabo PM Bruno de Paula Costa, de 38 anos, e de Letícia Marinho do Sales, 50, baleada no peito quando saía do complexo num carro ao lado do namorado.
O MEIA HORA observou durante toda a tarde moradores usando carros de passeio, caminhonetes e Kombis para retirar corpos do complexo. Por volta do meio-dia, um caminhão de frete removeu três corpos na entrada da Rua Joaquim de Queiroz e os levou para a UPA do Alemão. Às 13h, um carro de passeio e uma Kombi saíram do Alemão com quatro corpos, todos enrolados em lençóis ensanguentados.