Apesar dos impactos da pandemia de covid-19, as pesquisas demonstram crescimento nas matrículas nas três modalidades (presencial, remota e híbrida). Mas qual é a perspectiva de inserção no mercado de trabalho?
Dados sobre empregabilidade divulgados este mês pela Abmes, em parceria com a Symplicity, revelaram que 69% dos graduados no ensino superior conseguiram emprego em até um ano. O levantamento foi feito com base em 1.989 pessoas formadas em 10 instituições privadas de todas as regiões do Brasil entre julho de 2020 e junho de 2021. O diretor-presidente da Abmes, Celso Niskier, destacou que a pesquisa concluiu que as áreas de saúde e tecnologia apresentam índices maiores de empregabilidade.
Outro destaque da pesquisa é a expressiva taxa de tecnólogos que conseguiram colocação no mercado de trabalho. Entre os pesquisados, 69% estão empregados com média salarial de R$ 3.709,48. A rápida absorção de profissionais de saúde e o interesse crescente por tecnólogos estão entre as razões que mantêm a procura por cursos técnicos em alta no Brasil.
A Nutrix, que oferece cursos e treinamentos em enfermagem, teve aumento de 200% nas matrículas no primeiro semestre de 2022. "Nossa meta é dobrar esse crescimento até o final do ano, investindo em equipamentos para aulas e aprimoramento dos docentes", revela Kely Cruz, gestora da escola técnica do Rio, que se adaptou rapidamente à tecnologia quando a pandemia exigiu isolamento. O avanço na vacinação, no entanto, permitiu a retomada do modelo presencial, que Kely considera o ideal para cursos da área de saúde.
"A nossa metodologia de ensino é pautada em aulas práticas, com laboratórios equipados, professores especialistas e atuantes no mercado de trabalho. Temos como recurso a programação dos nossos simuladores. Com isso, o aluno pode ter a vivência de um atendimento real antes de encarar o estágio e chegar ao campo prático", pontua a gestora Kely Cruz.