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Presencial, ensino a distância ou sistema híbrido: de que forma você quer estudar? O principal é não parar de se qualificar para garantir uma colocação no mercado

Realidade no Brasil há 15 anos, modalidade a distância cresceu nos últimos tempos
Realidade no Brasil há 15 anos, modalidade a distância cresceu nos últimos tempos -

A educação passou por diversas transformações ao longo da história, mas a evolução cada vez maior das novas tecnologias exige do setor mais dinamismo para adaptar o ensino, agregando a ele o melhor das inovações constantes. Com suas particularidades inéditas na sociedade moderna, a pandemia de Covid-19 impôs às instituições a necessidade de buscar soluções que aceleraram tal adaptação e, por consequência, impactaram as preferências dos estudantes.

Realidade no Brasil há mais de 15 anos, o ensino a distância mostrou-se a modalidade ideal diante do isolamento social gerado com o surgimento do novo coronavírus. No início de 2020, antes do anúncio global da pandemia de Covid-19, 60% dos entrevistados foram enfáticos na preferência pelo ensino presencial em pesquisa realizada pela Educa Insights em parceria com a Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes). Após quatro meses de pandemia, esse número caiu para 22%, enquanto 78% responderam considerar a possibilidade de aderir ao ensino a distância. O levantamento indica, ainda, que não há significativas diferenças nessa lógica no recorte por regiões. O Centro Oeste liderou com 83% dos pesquisados com disposição para o EaD, enquanto o Nordeste apresentou a menor taxa, 72%. Sudeste, Sul e Norte empataram em 79%.

O Censo da Educação Superior 2020, divulgado em fevereiro deste ano pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), mostrou que o ensino superior manteve o crescimento no primeiro ano da pandemia e constatou que pela primeira vez o número de alunos ingressantes nos cursos de graduação EaD superou o total de matriculados nos cursos presenciais. De acordo com o levantamento, 53,4% dos estudantes escolheram cursos a distância e 46,6% optaram pelo presencial. Apesar do expressivo aumento, a possibilidade de adesão à educação remota já apresentava tendência de alta há alguns anos. Em 2017, apenas 19% dos pesquisados consideravam um curso na modalidade, número que subiu para 40% no início de 2020, antes da confirmação da pandemia.

Os dados mais recentes do levantamento da Educa Insights em parceria com a Abmes indicam que o avanço da vacinação contra covid-19 fortaleceu o interesse pela união do ensino presencial com a educação remota. O número de matrículas para o primeiro semestre de 2022 na chamada modalidade híbrida cresceu 43% na comparação com o mesmo período de 2021. Contudo, o aumento na procura pela modalidade presencial ficou em 39%, enquanto a totalmente remota cresceu 22%.

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Tecnologia vai muito além de uma ferramenta para socialização ou lazer: ela garante futuros Karolian Grabowska/Pexels