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Quem vacilou nessa história de horror?

MPRJ investiga por que mãe e dois filhos só foram salvos de cárcere privado em Guaratiba após 17 anos

Casa onde a mulher e os dois jovens foram resgatados pela PM é pequena e estava cheia de lixo e fezes
Casa onde a mulher e os dois jovens foram resgatados pela PM é pequena e estava cheia de lixo e fezes -

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) informou ontem que investiga a atuação do Conselho Tutelar para saber quais medidas estavam sendo tomadas sobre a mulher e os dois filhos mantidos em cárcere privado por um homem, marido e pai das vítimas, em Guaratiba, na Zona Oeste. Os três foram libertados pela Polícia Militar, anteontem, após serem mantidos presos em uma casa totalmente insalubre por 17 anos.

O MPRJ investiga o motivo para nenhuma medida ter sido tomada, já que o Conselho Tutelar informou ter tomado conhecimento sobre o caso em 2020. Apesar disso, somente dois anos depois, na quinta-feira, é que a Polícia Militar foi ao local e prendeu o acusado. 

Ainda segundo a nota, o Conselho Tutelar teria respondido que estava tomando todas as medidas pertinentes, como ter levado o caso ao 27º BPM (Santa Cruz) e à Polícia Civil, gerando um registro de ocorrência. O MPRJ também afirmou que toda a rede de proteção do município estava ciente do caso e que ainda propôs ação judicial para as medidas complementares de proteção ao jovem de 19 anos, que, na época, era adolescente. 

A Secretaria Municipal de Saúde informou ontem que a mãe e os dois filhos têm quadro de desidratação e desnutrição grave, porém já foram estabilizados. A secretaria aponta ainda que estão recebendo os cuidados necessários, além do acompanhamento dos serviços social e de saúde mental. Os três foram encaminhados para o Hospital Municipal Rocha Faria, em Campo Grande.