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Três meses de insegurança total

Um faxineiro de 42 anos que vive na Rua Alberto Silva, no Morro do Fubá, relata que há três meses a violência na região se intensificou. Morando com a mãe e os sete filhos, o homem conta que os tiroteios frequentes têm se tornado um transtorno na rotina da família, que fica impedida de estudar e trabalhar. "Um dia meu de falta, 'é' R$ 70 descontado. 'É' três pacotes de arroz e uma garrafa de óleo que eu consigo comprar", disse ele. O homem vai precisar fazer hora-extra no trabalho, porque teve que se atrasar.

"Já tomei uma chamada do meu patrão. Ele sabe, mas como eu sou novo na empresa, é aquele negócio, dá seu jeito para chegar no trabalho. Eu entendo, ele não vai pagar funcionário para não trabalhar. Minha filha, desde que começou essa guerra, está há duas semanas sem ir para a escola'.