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Debate contra a demonização

Neste ano, o malandro foi saudado na Sapucaí, junto com Exu, pela campeã do Carnaval, a Grande Rio. Para Leonardo Bora, carnavalesco da escola, o culto às entidades deve ir além da festividade. "É muito importante que os espaços institucionais sejam ocupados pelos debates que envolvem as religiões de matriz africana contra o processo histórico de demonização", defendeu.

O comentarista Milton Cunha lembrou a importância de se homenagear heróis negros: "O calendário brasileiro é repleto de santo católico, de herói branco e você não tem a representatividade de 52% (da população) em datas de heróis negros, de santos negros. Até a libertação dos escravos é pela princesa branca. Ô país que não celebra a negritude!", advertiu, lembrando que, apesar do apagamento cultural e histórico, Zé Pelintra faz parte das ruas e da cidade do Rio.