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Dia de Combate ao Fumo: Prefeitura oferece tratamento para quem pretende parar de fumar

Segundo a responsável pelo programa, 40% a 50% dos fumantes que participam param de fumar no primeiro mês

Mais de sete milhões de mortes são resultado do uso direto do tabaco, enquanto cerca de 1,2 milhão são de não-fumantes expostos ao fumo passivo
Mais de sete milhões de mortes são resultado do uso direto do tabaco, enquanto cerca de 1,2 milhão são de não-fumantes expostos ao fumo passivo -
Rio – No Dia Nacional de Combate ao Fumo, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS-Rio) divulgou, nesta segunda-feira (29), a existência de um tratamento disponível nos centros municipais de saúde e clínicas da família para quem pretende parar de fumar.

Segundo a SMS, para ingressar no programa basta procurar uma unidade de saúde. O tratamento pode ser em grupo ou individual, e começa com um acompanhamento semanal durante um mês. Depois a periodicidade das consultas passa a ser quinzenal e, por fim, mensal, por um período de até um ano, a fim de se evitar recaídas.

Segundo a psicóloga e responsável pelo programa, Ana Helena Rissin, a pessoa escolhe a data em que pretende parar de fumar e, durante este período, aprende estratégias para controlar o vício. Dentre as maneiras de superar o vício, os profissionais de saúde buscam motivar o paciente, mostrando as vantagens de abandonar a prática, inclusive os ganhos financeiros.

"No final do tratamento, há até casos de pessoas que reformaram a casa com o dinheiro que usavam para comprar os maços de cigarros. Sem falar nos benefícios para a saúde. Vale lembrar que tanto o cigarro tradicional quanto o eletrônico liberam inúmeras substâncias tóxicas e cancerígenas tanto para quem fuma quanto para os que estão ao seu redor", ressalta.

De acordo com a psicóloga, entre os fumantes que buscam o tratamento, 40% a 50% param de fumar no primeiro mês. Dentre os praticantes, a maioria tem mais de 40 anos, por começar a fumar cedo, e alguns já possuem alguma doença relacionada ao fumo.

"O cigarro provoca três tipos de dependências: física, comportamental e emocional. Não adianta só falar para fumante que faz mal. Na primeira entrevista do programa, tentamos perceber qual a ligação dele com o cigarro e fazê-lo se reconhecer nessas dependências para saber lidar com elas. A interrupção não é mágica", explica Rissin.

A SMS ainda alerta sobre a proibição do consumo de qualquer produto fumígeno, derivado ou não do tabaco, em ambientes de uso coletivo, públicos ou privados, total ou parcialmente fechados. Isso inclui o cigarro eletrônico, vape, pod, narguilé, entre outros.

Para conscientizar comerciantes e consumidores, o Instituto Municipal de Vigilância Sanitária (Ivisa) realiza atividades educativas a respeito da legislação e sobre os malefícios do consumo desses produtos.