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Melhora a projeção do Relatório Focus para crescimento do PIB de 2022

Economistas do mercado financeiro alteraram a estimativa de superávit da balança comercial neste ano de US$ 68,06 bilhões para US$ 68,03 bilhões

Monitor do PIB funciona como prévia do índice de crescimento da economia medido pelo IBGE
Monitor do PIB funciona como prévia do índice de crescimento da economia medido pelo IBGE -
Brasília - Após a forte surpresa com o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre (1,2%), o mercado voltou a elevar as projeções para o resultado deste ano no Boletim Focus. Conforme o Relatório Focus divulgado nesta segunda-feira, 5, A projeção para a alta do PIB em 2022 passou de 2,10% para 2,26%, décima alta seguida, contra 1,98% há um mês. Já estimativa para a expansão do PIB em 2023 passou de 0,37% para 0,47%, ante 0,40% um mês antes.
Considerando apenas as 45 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB no fim de 2022 avançou ainda mais, de 2,10% para 2,38%. No caso de 2023, houve 44 atualizações nos últimos cinco dias úteis, com variação da mediana de 0,35% para 0,50%.

O Relatório ainda mostrou manutenção na projeção para o crescimento do PIB em 2024, em 1,80%. Para 2025, a mediana foi mantida em 2,00%. Quatro semanas atrás, as taxas eram de 1,70% e 2,00%, respectivamente.

O Relatório de Mercado Focus também mostrou estabilidade na projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2022. A mediana continuou em 59,00%, de 59,15% um mês atrás.

O relatório trouxe ainda a manutenção da perspectiva para a relação entre o resultado primário e o PIB deste ano, com o mercado prevendo superávit de 0,30% — mesma projeção de quatro semanas antes. Já a relação entre déficit nominal e PIB em 2022 passou de 6,80% para 6,75%, ante 6,80% de um mês atrás.

O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros

Em relação a 2023, a estimativa para a dívida líquida em relação ao PIB cedeu de 63,50% para 63,30%, de 63,70% há um mês. A mediana para o déficit primário se deteriorou ligeiramente, de 0,49% para 0,50% do PIB. Para o rombo nominal, a estimativa continuou em 7,70%. Os porcentuais eram negativos em 0,30% e 7,70%, respectivamente, há quatro semanas.

Balança comercial

Os economistas do mercado financeiro alteraram a estimativa de superávit da balança comercial em 2022 de US$ 68,06 bilhões para US$ 68,03 bilhões, em relação os mesmos US$ 68,03 bilhões de um mês atrás, segundo a pesquisa Focus. Para 2023, a projeção continuou em US$ 60,00 bilhões, mesmo valor esperado há quatro semanas.

No caso da projeção de déficit em conta corrente do balanço de pagamentos em 2022, a mediana passou de US$ 18,50 bilhões para US$ 19,10 bilhões, contra US$ 18,00 bilhões de um mês atrás. Em 2023, a projeção para o rombo em transações correntes continuou em US$ 30,00 bilhões, mesma expectativa de um mês antes.

Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será suficiente para cobrir o rombo em transações correntes nesses anos. A mediana das previsões para o IDP em 2022 subiu de US$ 58,00 bilhões para US$ 60,00 bilhões, ante US$ 57,20 bilhões de um mês atrás. Para 2023, foi elevada de US$ 65,50 bilhões para US$ 66,00 bilhões, de US$ 61,00 bilhões há quatro semanas.