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Duas famílias e um único desejo: Justiça

Mecânico foi morto em Nova Iguaçu e cabo PM, em Duque de Caxias

Na despedida, camisas estampavam o rosto de Lohan Pinheiro
Na despedida, camisas estampavam o rosto de Lohan Pinheiro -

A violência deixou marcas profundas em mais duas famílias no Rio: a do mecânico Lohan Pinheiro, de 30 anos, enterrado ontem no Cemitério Municipal de Nova Iguaçu, e a do policial militar Alan dos Santos Pereira, de 40 anos, assassinado por bandidos em Duque de Caxias. Parentes dizem que Lohan foi morto pelas costas por um PM. Já o policial perdeu a vida na frente de familiares.

No caso do mecânico, familiares questionam a versão da PM, de que ele foi baleado ao tentar assaltar um policial. "Tentaram botar o moleque como ladrão, mas ele é trabalhador e sempre foi. (...) A história se inverteu, o vagabundo dessa vez é o policial que cometeu esse assassinato. A gente quer justiça pelo Lohan", exigiu Edson, amigo de infância do mecânico, que deixou mulher e uma filha de 6 anos.

O irmão, Robert Silva Pinheiro, explicou como outros dois homens, apontados como suspeitos pela PM, foram atingidos. Segundo ele, após ter atirado no mecânico, um policial foi até a rua onde Lohan morava. No local, vizinhos e conhecidos, indignados, o teriam rodeado dizendo que ele havia feito uma "besteira". 

Nesse momento, o policial militar teria sacado a arma e disparado contra uma das pessoas que o indagava. O tiro atravessou a vítima e acertou outro homem na mão. Os dois também foram socorridos no Hospital Municipal da Posse.