Operação Unicórnio: entenda os próximos dias no Reino Unido após a morte de Elizabeth II

Britânicos vão poder visitar caixão da rainha em Westminster Hall durante 23 horas

As informações foram divulgadas pelo jornal britânico 'The Sun'
As informações foram divulgadas pelo jornal britânico 'The Sun' -
Londres- Após a morte da rainha Elizabeth II, monarca britânica por sete décadas, os próximos dias até o funeral na Abadia de Westminster, em Londres, estão planejados de maneira precisa.
O momento histórico e repleto de emoção foi planejado meticulosamente durante anos e seus detalhes eram revisados com frequência no plano "London Bridge" (Ponte de Londres).
O protocolo, no entanto, muda com o falecimento da rainha na quinta-feira (8) e começa a operação 'Unicórnio'.
Apenas o novo rei Charles III poderá decidir sobre determinados aspectos, mas é possível fazer um resumo das próximas etapas com base nas opiniões de especialistas e nas indiscrições da imprensa britânica.
Entenda a dinâmica da Operação 
Na manhã desta sexta-feira (9), o Rei Charles III deixou o palácio de Balmoral, na Escócia, onde estava com a mãe, e retornou à Londres. Ele fará o primeiro pronunciamento ao povo britânico.
Rei Charles deve ter sua primeira audiência com a primeira-ministra britânica, Liz Truss, que foi designada na terça-feira, 6, pela falecida rainha, para formar o governo.
O soberano deve finalizar os últimos detalhes dos funerais, a duração do luto para a família real - que prosseguirá por até sete dias após o funeral - e o governo confirmará quantos dias vai durar o luto nacional, provavelmente entre 12 ou 13. O dia do enterro, que ainda não foi definido, será feriado.
As bandeiras britânicas serão hasteadas a meio mastro, os sinos das igrejas tocarão em Londres ao meio-dia e 96 salvas de canhão serão disparadas em memória da soberana, uma para cada ano de vida.
A primeira-ministra e os membros de seu governo devem comparecer a uma cerimônia religiosa "improvisada" na catedral londrina de St. Paul. 
Um conselho de autoridades se reunirá durante a manhã no Palácio de St. James de Londres e proclamará Charles III como novo rei. A proclamação é feita pela principal figura da nobilíssima Ordem da Jarreteira e por alguns arautos em carruagens que devem ler o texto em Trafalgar Square e na sede da Bolsa Royal Exchange.
O Parlamento promete lealdade e expressa condolências.
O novo rei recebe durante a tarde a primeira-ministra e os principais ministros.
O caixão da rainha é levado ao Palácio de Holyroodhouse em Edimburgo, a residência oficial dos monarcas na Escócia.
As administrações descentralizadas da Escócia, Gales e Irlanda do Norte proclamam o novo rei.
O caixão deve ser levado em procissão para a catedral de Saint Giles, com uma cerimônia religiosa na presença de membros da família real.
Sessão de condolências no Palácio de Westminster com a presença do novo rei.
Durante a tarde, Charles deixa Londres e visita Escócia, Gales e Irlanda do Norte. 
O caixão com o corpo da rainha chega de avião a Londres e segue para o Palácio de Buckingham. 
Procissão pelo centro de Londres para transportar o caixão do Palácio de Buckingham até Westminster. O corpo da monarca permanecerá no local por quatro ou cinco dias em um catafalco de cor púrpura em Westminster Hall.
Os britânicos poderão visitar o local e apresentar condolências durante 23 horas do dia. Milhares de pessoas devem passar pelo local. 
Possível funeral de Estado na Abadia de Westminster com autoridades de todo o mundo.
A família real deve caminhar atrás do caixão.
O país vai parar durante dois minutos de silêncio.
Após a cerimônia, a rainha será enterrada em um evento particular na Capela de St. George do Castelo de Windsor, a 37 quilômetros da abadia, ao lado do marido, o príncipe Philip.