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Viúva sem ter paz para viver

Aurélio foi filmado atirando em Durval na porta do condomínio onde ambos moravam, no bairro Colubandê, em São Gonçalo, em fevereiro deste ano. As imagens mostram o repositor abrindo a mochila para pegar uma chave e o sargento disparando três vezes de dentro do carro. Em depoimento, Aurélio afirmou que atirou por achar que seria assaltado pelo vizinho.

O sargento admitiu que não conseguia ver com clareza o objeto que Durval carregava e disse que, ao ouvir do homem que ele também era morador de seu condomínio, prestou socorro. Para a família, o homem foi assassinado por ser negro, a partir da premissa do militar de que a vítima poderia ser um assaltante.

"Da forma que o assassino agiu, eu não tenho dúvidas que foi racismo, sim. Ele conhecia muito bem o meu esposo. O Aurélio tinha fama de ser muito arrogante. Ele escolhia a dedo quem ele iria cumprimentar no condomínio", afirmou Luziane.